O folar de Izeda pode vir a ser um produto certificado. Esta é uma ambição antiga da autarquia e da ADRI -Associação de Desenvolvimento da Região de Izeda que ainda não se concretizou devido à burocracia inerente ao processo.
O presidente da União de Freguesias de Izeda, Calvelhe e Paradinha Nova, Luís Filipe Fernandes, admitiu à Brigantia que o processo de certificação não é fácil mas acredita que as características deste folar são únicas e merecem ser reconhecidas. “É muito difícil conseguir essa certificação, é um processo moroso, é um processo que implica várias instituições a dar pareceres.
O nosso folar tem particularidades como a carne que é utilizada, o próprio azeite e a maneira de confecção, que o distinguem de outros folares como é o caso do folar de Valpaços”, sublinhou o autarca.
O folar e o azeite são dois produtos característicos desta vila do concelho de Bragança e que foram promovidos durante os três dias que antecederam o Domingo de Páscoa, na 17ª edição da Feira do Folar e do Azeite.
Durante o certame, o presidente da ADRI, Rui Simão, referiu à Briagntia que o folar de Izeda é cada vez mais um produto consumido durante todo o ano e não só na Páscoa. As encomendas para todo o país não param de chegar.
O objectivo é divulgá-lo ainda mais, não só em Portugal mas também no estrangeiro. “Nos tempos dos nossos avós e bisavós, guardava-se o melhor chouriço, o melhor salpicão e o melhor presunto para a época de Páscoa mas, hoje, isso já não acontece. O folar é produzido e consome-se todos os dias do ano.
Este ano, foram algumas encomendas para o Alentejo e o Algarve e esperamos que as encomendas continuem a aumentar, para além do Porto, onde já chegamos todos os dias, com facilidade”, referiu o responsável.
A Feira do Folar e do Azeite realizou-se nos dias que antecederam a Páscoa, em vez de no Domingo de Ramos, como era costume, para aproveitar a presença dos filhos da terra que estão fora e regressam à vila nesta altura do ano.
Escrito por Brigantia
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