"Há uma funcionária [do Centro Paroquial] que, não sei por que motivo, agrediu a minha mãe. Há cerca de dois anos, havia feito o mesmo. As agressões pararam, após uma reunião da direção da Instituição. Agora, a situação é bem mais grave já que há lesões e o acontecimento foi ocultado pelos responsáveis do lar", explicou Marina Galas, uma das filhas da alegada vítima.
Segundo os familiares da idosa, os factos remontam ao dia 12 de abril e a família diz que só no 18 é que foi "alertada" para a situação.
"Estamos revoltados. Como é possível ter uma idosa com ferimentos durante dias e sem a família ser avisada ou contactada? Em nossa opinião, os responsáveis pelo lar tentaram camuflar o acontecimento", indicou Marina Galas.
Os familiares da idosa avançaram à Lusa que ela foi encaminhada para o Centro de Saúde de Freixo de Espada à Cinta e para a Medicinal Legal, em Mirandela, para exames e perícias médicas.
Em nota enviada à agência Lusa, o Secretariado das Comunicações Socais da Diocese Bragança-Miranda esclarece que a direção do Centro Social Paroquial de Poiares, em Freixo de Espada à Cinta, abriu um inquérito interno de averiguação para apurar a origem das queixas de uma utente relacionadas com uma situação de eventuais maus tratos.
"O assunto está a ser acompanhado com toda a atenção, como é, aliás, timbre da instituição, que levará o caso até às últimas consequências", frisa o documento.
Por se tratar de um processo interno, a Direção do CSP de Poiares disse entender não ser oportuno fazer mais comentários até à sua conclusão.
Agência Lusa
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