O Bloco de Esquerda defende a suspensão total das portagens na A4, incluindo as do Túnel do Marão.
Nesse sentido, o partido entregou ao Governo três projetos de resolução, onde recomenda a “abolição imediata” das tarifas dos troços da A4 e também na A24, como uma medida de coesão social, como explica do deputado Heitor de Sousa.
“Em conformidade com o que o partido tem vindo a defender, achamos não apenas que não deve haver portagens na autoestrada transmontana, como nas outras que também foram construídas no regime de SCUT, como também devem ser suspensas todas as portagens das vias que se enquadrem nessa categoria, até que os índices que eram usados para medir o grau de desequilíbrio social e económico dessas regiões estejam ao nível da média nacional.”
Heitor de Sousa considera que uma autoestrada é sempre um benefício, mas que neste caso traz “sobrecustos” para as populações e para as empresas, apenas pela localização geográfica.
“O problema aqui é perceber se os benefícios das vias não seriam muito maiores se esse acesso não tivesse que ter um sobrecusto, como é o das portagens. E não vão ser poucas. 137 quilómetros de via, incluído o Túnel, que será o mais importante do país, é um sobrecusto, quer para veículos de passageiros, quer para veículos de mercadorias, o que aumenta o preço geral de deslocação de pessoas e de bens para a região transmontana. As famílias e as empresas vão ter que suportar esse custo apenas por estarem na região transmontana.”
Os projetos de resolução do Bloco de Esquerda que recomendam que se eliminem as portagens da A4 e da A24. Heitor de Sousa considera que a perspectiva da coesão territorial tem que se impor em relação ao princípio do utilizador-pagador nas regiões abrangidas por estas vias.
De relembrar que para o Túnel do Marão, que ainda não tem data de abertura, estão previstas portagens entre os 1,95€ e os 4,90€.
Escrito por ONDA LIVRE
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