O município de Vila Flor pretende construir uma barragem de aproveitamento hidroagrícola, para regadio, em Freixiel.
A freguesia foi indicada como um local com aptidão para a criação de um sistema de regadio a partir de um aproveitamento hidráulico.
O primeiro passo foi agora dado pela autarquia, que solicitou a execução de um estudo prévio à bacia hidrográfica de Freixiel, no sentido de definir a localização da barragem.
Este estudo foi já apresentado à população que com demonstrou receptividade ao projecto. “O estudo comprovou que havia potencialidade e interesse em se criar um projecto para depois ser feita a barragem, uma barragem com cerca de 25 metros de altura, 5 milhões metros cúbicos de armazenamento a uma cota de 480, portanto elevada.
O senhor Engenheiro Morais Barroco apresentou o estudo publicamente a toda a população e ficou da parte deles a receptividade para se poder fazer o projecto”, afirma o autarca de Vila Flor, Fernando Barros.
Até à construção desta barragem, “o caminho será ainda longo”. Um dos próximos passos será a constituição de uma associação de regantes e a realização de um estudo prévio do projecto, o que custará à autarquia cerca de 50 mil euros. “Primeiro é necessário localizar a barragem, onde a natureza criou condições para tal, depois a existência de terrenos de regadio, terá de ser constituída uma junta de regantes. E depois fazer-se o estudo prévio, só depois é que é apreciado por várias instituições e a partir daí é que se pode partir para execução do projecto e depois finalmente conseguir fazer a obra”, adianta o presidente do município.
Após estes procedimentos, o empreendimento reunirá condições para o financiamento através do programa de fundos europeus “Portugal 2020”.
O autarca espera que o projecto possa contribuir para transformar o tecido económico e para desenvolver o concelho. “É um vale que é muito rico hidricamente, tem uma grande bacia hidrográfica. Tem estas quatro linhas de água e depois tem um vale onde os terrenos são bons para a agricultura, são férteis, e portanto é possível criar uma riqueza adicional a produzir outras culturas”, frisa.
O projecto poderá ficar a cargo da autarquia, mas há também a hipótese de a Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural ou a direcção regional de Agricultura do Norte ficar a cargo do projecto e fazer o projecto.
Escrito por Brigantia
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