Inauguração: dia 23 de abril - 16h00
Comissário: Jorge da Costa
Produção: Município de Bragança / Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Colaboração: Coleção MICA – Vigo e Galeria Fernando Santos – Porto
Considerada uma das produções mais imaginativas e surpreendentes do atual panorama artístico espanhol, o trabalho de Jorge Perianes (Ourense, Espanha, 1974) tem na condição humana o centro da sua reflexão.
As suas obras funcionam como sedutoras plataformas de leitura sobre as quais radica, entre uma pintura objetual ou uma escultura pictórica, a criação de um universo inquietante, profundamente metafórico e simbólico.
Encriptadas pela atrativa morfologia ou pelo colorido das obras, cujo sentido, tantas vezes paradoxal à forma, não se descodifica num primeiro olhar; as suas criações parecem atuar como imagens aparentemente ingénuas que escondem, mais do mostram, armadilhando a nossa atenção.
Para a construção da sua metáfora, Perianes adotou uma subtil aliança entre o humor e a ironia, criando a partir de múltiplas formas, cores, texturas e ambientes, uma cosmogonia e um imaginário de encantamento capaz de envolver imediatamente o visitante numa experiência fortemente imersiva.
A sua obra vive fora dos limites disciplinares da pintura e da escultura, mistura-se e expande-se no espaço, com quem estabelece um desejado efeito de ruína, que se projeta no conjunto muito diverso de elementos vinculados à própria arquitetura, completando-se e adquirindo sentidos nela.
Perianes insiste nas grandes montagens cenográficas, como a instalação que concebeu para esta exposição: uma estrutura colossal de onde irrompe, possante, uma montanha coberta de vegetação natural, estilhaçando a arquitetura que a aniquila, reforçando, assim, a imagem da fragmentação, da ruína e do abismo existencial em que se formaliza grande parte da sua gramática artística.
Jorge da Costa
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(Henrique Martins)
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