Há concorrência desleal vinda de Espanha, no que toca à transumância de colmeias.
São as considerações de Paulo Ventura, apicultor e técnico apícola, que diz que todos os anos há 35 mil colmeias espanholas em campos portugueses, entre outubro e junho.
“Não temos apicultores a mais, temos é concorrência desleal, o que é outra história.
A transumância espanhola desregulada, que é a instalação de 35 mil no distrito de Bragança, oriundas de Salamanca, todos os anos, vêm colher o rosmaninho e a esteva, e voltam para Espanha para colher. É dada uma ajuda de 30 euros por colmeia, pelo Ministério do Ambiente Espanhol, para a polinização.”
São normas internacionais que permitem que esta situação aconteça. O mel resultante é rotulado como sendo espanhol.
“É feito por normais internacionais de comercialização de animais para consumo, ou seja, de carne de corte ou de animais reprodutores, que se chamam passaportes sanitários intercomunitários. Com este documento, pode vender uma vaca para ser abatida na Suécia.
Na apicultura não podemos falar neste aspeto. Se fosse uma vaca, seria impensável levá-la aos pastos espanhóis para ser alimentada. Mas é o que acontece com as abelhas. Trazem-nas para aqui, para se alimentarem, e depois recolhem o mel, como sendo espanhol, mas que é produzido em Portugal.”
Mel que paga impostos em Espanha, mas é feito com néctar português.
Escrito por ONDA LIVRE
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