Um certame que cresceu, e que superou as expectativas, disse no final dos 3 dias o vice-presidente do município, Carlos Barroso.
“Superou as nossas expectativas, principalmente pelo dia de hoje (domingo), Dia do Agricultor, em que passaram pelo Parque Municipal de Exposições 5 mil pessoas, o que foi um registo brilhante, que superou em larga medida aquilo que esperávamos neste momento.
Para o ano, vamos melhorar o que correu menos bem, e tentar aumentar a representatividade de alguns setores da região.
Foi dado o pontapé de saída para um evento que, certamente, vai criar raízes na região.”
Quem visita a feira, procura as novidades no setor. Na exposição e demonstração de maquinaria agrícola há casa cheia. A procura tem aumentado, até porque falta mão-de-obra, diz Rogério Alonso, que vende este tipo de alfaias no distrito há vários anos.
“No nosso agricultor da zona de Macedo tem curiosidade em ver, principalmente, os vibradores de azeitona, porque hoje em dia há grande dificuldade em arranjar mão-de-obra para apanha, e, por isso, temos de nos modernizar.
É um investimento caro, claro que sim. Só compensa a um agricultor médio, ou que preste serviços para outro agricultor.
O agricultor mais pequeno, procura outro tipo de maquinaria, como apara-frutos, para não andar com o tolde às costas, o que vem facilitar.”
E dentro de alguns anos, a apanha da azeitona pode estar toda mecanizada em Trás-os-Montes, acredita Paulo Simões, também ele vendedor no ramo.
“( Tem havido procura) Mais por causa da falta de mão-de-obra, porque é uma máquina rentável. Uma ou duas pessoas conseguem fazer toda a apanha.
Estas máquinas têm tido muitas inovações também tendo em conta aquilo que os produtores pedem, e as marcas acabam por fazer as alterações.
Acredito que dentro de alguns anos a apanha em Trás-os-Montes será toda mecanizada.”
Não só de máquinas se compõe esta Feira da Agricultura. Carlos Fernandes produz caracóis há 3 anos no concelho de Macedo de Cavaleiros. Tem 2600 metros de estufa coberta, onde se criam 1 milhão de unidades de caracol. O destino final é, maioritariamente, França e Alemanha. O próximo passo já está definido.
“É a segunda vertente deste projeto, a produção de baba de caracol, para fins cosméticos. Neste momento estamos a apostar num protetor solar, através de uma parceria com a Universidade do Minho e com um laboratório internacional e também com a colaboração de um laboratório nacional. Está em fase de final de estudo e lançamento de produto, ou seja, em fase de prova.
Várias associações de produtores presentes no certame. A Copa do Nordeste representa 420 agricultores de Macedo e Vimioso. Neste momento, estão apostados em escoar mel, frutos secos e hortícolas, em modo de produção biológica, através de um contrato celebrado recentemente com a AgroBio, como conta a presidente, Clarisse Ledesma.
“Celebramos um contrato com a AgroBio, que é uma associação nacional de produtos biológicos, para escoamento dos produtos biológicos nesta zona.
Destina-se aos agricultores que já tenham os produtos registados, ou não. Se não estiverem, nós, juntamente com a AgroBio, daremos andamento a esse processo.”
O primeiro ano da Feira da Agricultura de Trás-os-Montes, em Macedo de Cavaleiros.
Escrito por ONDA LIVRE
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