A Mostra Agrícola cresceu, e deu este ano lugar à Feira da Agricultura de Trás-os-Montes, que abriu hoje portas em Macedo de Cavaleiros.
Concursos de gado e demonstração de máquinas agrícolas, além da celebração do Dia do Agricultor, no domingo, último dia do certame, fazem parte do programa para este fim-de-semana.
É uma aposta necessária no setor agrícola, afirma Duarte Moreno, o autarca local.
“Ou apostamos nestes produtos endógenos dos nossos territórios, ou estamos-nos a afastar complemente, e, qualquer dia, vamos todos viver para o litoral.
Os produtores manifestaram algumas preocupações, dizendo que as nossas raças autóctones podiam acabar. É uma situação que me preocupa grandemente, e há-de preocupar também todos os meus colegas do distrito.
Temos que fazer alguma coisa, ver o que está a acontecer, para evitar esse desfecho. Lancei também o desafio para que todos nós, autarquias, associações, organizações de produtores, para que constituamos a nossa vocação, que é agrícola.”
Os concursos para candidaturas a financiamentos provenientes de fundos comunitários no setor estão fechados, o que continua a causar constrangimentos e a levantar preocupação. O que leva Duarte Moreno a considerar que o Governo deveria atribuir subvenções aos agricultores.
“Precisamos de sensibilizar os governantes em Lisboa que é necessário atribuir subvenções aos agricultores, que são diferentes de subsídios, e que podem ajudar a fixar gente.
Atualmente, está a acontecer algo que não se esperava. Não há candidaturas abertas, o que está a preocupar não só os políticos, como a todos que trabalham na área.”
No primeiro dia de feira, foram a concurso as raças autóctones de ovinos e caprinos. A Churra Galega Bragançana esteve presente, pela primeira vez. Amândio Salgado Carloto, secretário técnico da Associação Nacional dos Criadores da Raça Churra Galega Bragançana, partilha as mesmas preocupações, ainda que o número de efetivos esteja a aumentar.
“Tem aumentado o efetivo. Na Churra Galega Bragançana branca temos cerca de 12 mil animais, e na preta 2500.
O aumento não é maior, uma vez que o senhor ministro da Agricultura resolveu que este ano não havia novos contratos com as medidas agro-ambientais, nem aumento daqueles que já estavam celebrados, o que é uma perfeita aberração do espírito destas medidas agro-ambientais, que visam proteger as raças autóctenes, para não deixar cair o número de efetivos. Não podiam diminuir, mas podiam aumentar.
Este ano, isso não se verifica, o que é um murro no estômago.”
Na região transmontana, há cerca de 130 criadores desta raça. É destinada ao consumo, não sendo uma boa raça leiteira. O cordeiro é muito apreciado, ainda que, neste momento, tenha como destino, maioritariamente, Espanha.
Escrito por ONDA LIVRE
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