O Secretário de Estado da Saúde admitiu a possibilidade de criar um serviço de urgência básico em Torre de Moncorvo.
O pedido foi feito ontem pelo autarca da vila, até porque o serviço seria necessário também devido ao projecto das minas de ferro de Moncorvo.
Numa cerimónia de homenagem ao serviço nacional de saúde, Nuno Gonçalves pediu ainda a intervenção da tutela para que o concurso de contratação de médicos para o centro de saúde local seja mais rápido.
Manuel Delgado prometeu analisar as duas situações. Admitindo mesmo a necessidade de tomar “uma atitude dura do ponto de vista administrativo e político por forma a que não acumulemos médicos nas zonas mais desenvolvidas e desertificando o interior com falta de recursos, temos também de cair condições para que os concursos médicos sejam mais acessíveis e mais rápidos”, adiantando que “há condições em Torre de Moncorvo para podermos pôr a hipótese de a urgência básica voltar a esta vila”.
Desde Novembro que o centro de saúde de Torre de Moncorvo tem apenas quatro médicos para os cerca de 8 mil utentes inscritos. A autarquia ofereceu mesmo algumas regalias a médicos que quisessem ir trabalhar para Torre de Moncorvo, como cedência de habitação, e foi contactada por vários interessados.
No entanto, Nuno Gonçalves lamenta que não tenha sido possível ultrapassar as burocracias. “Traduziu-se em muitos contactos telefónicos de médicos para a câmara com a intenção de vir para Torre de Moncorvo, o que é certo é que, por burocracia, ainda não se concretizou a vinda de nenhum médico.
A câmara estava interessada a ser ela a tratar directamente se as competências lhes forem dadas, desde que venham com o apoio necessário para as concretizar”, refere. O autarca de Torre de Moncorvo lamenta ainda que o centro de saúde esteja “subaproveitado” e que alguns pacientes urgentes sejam encaminhados para a Guarda a partir de Vila Nova de Foz Côa, serviço que ainda funciona em contentores.
Ontem em Moncorvo, perto do centro de saúde, foi inaugurado um monumento de homenagem ao serviço nacional de saúde. António Arnaut, considerado o pai do serviço nacional de saúde, admite que hoje em dia há falhas no sistema, que deve ser alvo de uma reforma: “Aqui é a realidade concreta que muitos políticos não conhecem as pessoas estão envelhecidas. É necessário que os poderes públicos olhem para esta questão. Isto tem de ser objecto de uma grande reforma”, considera.
António Arnaut proferiu ainda ontem uma conferência sobre o “25 de Abril e a Implementação da democracia em Portugal”, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, onde até ao final deste mês de Maio vai estar patente uma exposição sobre a vida e obra do pai do serviço nacional de saúde.
Escrito por Brigantia
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