quarta-feira, 1 de junho de 2016

As redes sociais causas e decadências

Temos sido inundados com “enormes” comentários sobre as declarações de José Cid passadas no Canal Q, cinco ou seis anos após a sua gravação.
Não pretendendo desculpar José Cid pelas suas declarações e muito menos aqueles que são “glorificados” pelo facto de acharmos que têm imensa piada.
Não deveria ter dito o que disse apesar de ainda hoje em dia se verificarem muitas das situações que ele descreveu. Situações essas que, podem ser aplicadas a qualquer região de Portugal.
Apesar dos avanços significativos que se verificaram em Portugal depois de Abril de 1974 nas mais diversas áreas, saúde, educação, saneamento básico, abastecimento de águas, vias de comunicação e muitas outras, ainda hoje se mantêm focos de atraso e de falta de sensibilização.
Neste Nordeste continuo a ver de tudo de bom e muitas coisas que já não têm remédio.
Vivemos num Mundo cheio de muralhas e de muros. Mesmo em sítios que não os vemos, eles estão lá!
Percorri muitas das Festas de verão por estas terras sempre esquecidas. Vi novos e velhos, ricos e pobres bailando e cantando ao som dos decibéis de cantores insuspeitos.
Todos gostamos de meter o carro na “garagem” da vizinha. Todos queremos os peitinhos da “cabritinha” e andamos à procura do “pai” da criança e no fim até “apertamos” com ela em qualquer bailarico de verão. E que dizer das “nossas queimas académicas”?
Tudo somado e subtraído e para já, a única decisão magnânima foi a de Berta Nunes, Edil da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, colega de estudos e de lutas, que decidiu anular o concerto do Zé.
Estava para ir lá comprar cerejas e vou. Nunca iria para ver o Zé!
Substituíram os artistas, valham-nos os GG de Miranda!
Gostava de ver os Transmontanos com a mesma força “vergastar” todos aqueles que nos foram “amputando” de tribunais, de centros de saúde, de correios, de linhas férreas…
E para não vos cansar mais, relembro a Estória do professor universitário que perante a “branca” do seu aluno na prova oral em responder a uma pergunta sobre uma personalidade sobejamente conhecida insistia com o aluno:
- Ó meu amigo “roça, roça que já Jean Jaques roçou”!
Deixem o homem em paz que o verão está a chegar!



Francisco Madruga

Sem comentários:

Enviar um comentário