A cereja deverá ter este ano a pior campanha das últimas três décadas, estimando-se uma quebra de 50 por cento face a 2015, devido à primavera chuvosa, indicam as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística divulgadas esta terça-feira.
Para a quebra de produtividade da cereja contribuíram decisivamente o Inverno pouco frio, a que se seguiu a precipitação persistente registada na Primavera, que teve o mês de maio mais chuvoso dos últimos 22 anos.
Globalmente estima-se que a produtividade da cereja ronde apenas as 1,4 toneladas por hectare, um dos valores mais baixos em 30 anos. O pêssego é outro dos frutos afectados pelas más condições atmosféricas, prevendo-se uma redução de 20 por cento na produtividade.
O tempo instável prejudicou também as sementeiras e plantações das culturas de Primavera/Verão, havendo ainda áreas consideráveis de milho para grão, arroz e tomate para a indústria por instalar à data de 31 de Maio.
No caso do milho, é expectável que a área semeada seja inferior a 90 mil hectares, o registo mais baixo desde 1986, o que está sobretudo associado à descida do preço desta matéria-prima nos mercados internacionais, que se mantém há mais de dois anos a rondar os 150 euros/tonelada.
Quanto ao arroz, prevê-se uma ligeira redução da área semeada, de -5 por cento face a 2015, devido às dificuldades na instalação desta cultura. Quanto às plantações de tomate para a indústria, no final do mês de Maio estava ainda por instalar cerca de um quarto da área total prevista, 19 mil hectares, valor semelhante ao registado em 2015.
Mais favorável é o cenário esperado para a campanha dos cereais de Outono/Inverno que devem registar aumentos generalizados na produtividade, de 5 por cento no centeio, 15 no trigo mole, 20 no trigo duro e na cevada e 30 por cento no triticale e na aveia.
in:sapo.pt
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