O projecto do Museu da Língua Portuguesa, que está a ser ultimado em Bragança, é inclusivo e pode vir a abarcar mais instituições parceiras, para além do Município, do Instituto Politécnico de Bragança e da Academia de Ciências de Lisboa.
É a resposta do autarca de Bragança Hernâni Dias ao presidente do Município de Miranda do Douro, Artur Nunes, que se mostrou surpreendido com este projecto que se afirma como sendo um projecto de promoção da língua portuguesa e mirandesa. O autarca mirandês considerou mesmo que esta foi uma “usurpação” por parte de Bragança.
Já Hernâni Dias garante que o objectivo é incluir e não excluir entidades que possam dar o seu contributo para o projecto.
“Não tenho resposta nenhuma. Estamos a falar nesta altura de uma vontade, de uma candidatura e não temos ainda todos os parceiros e a ainda não definimos todas as matérias que serão abordadas no museu da língua. O objectivo é de integração e nunca de fazer a exclusão”, garante o autarca.
O autarca frisa que este não é um projecto apenas de Bragança mas também regional e até nacional.
“O projecto não é de Bragança é nacional. E isso pressupõe que todos estejamos também virados para esse objectivo de valorizarmos o distrito e a região. Todos serão bem-vindos à colaboração”, garante.
Mas Miranda do Douro quer também ter um espaço de promoção da língua.
Nas Jornadas da Língua e Cultura Mirandesa, que decorreram no passado fim-de-semana, a autarquia anunciou a intenção de criar um Centro de Interpretativo da Língua Mirandesa.
Neste encontro dedicado ao mirandês, também o presidente da Associação de Língua e Cultura Mirandesa, Carlos Ferreira, frisou que esta entidade não foi tida nem achada no processo.
“Não tenho grande informação sobre esta questão, mas não tivemos qualquer contacto de ninguém e não me posso pronunciar porque ninguém no-la solicitou nem ninguém falou connosco”, adianta o responsável, que garante no entanto, que estarão disponíveis para colaborar no projecto.
O museu da língua portuguesa, que deverá nascer nos antigos Silos da EPAC em Bragança, tem já aprovada a candidatura dos conteúdos a fundos comunitários no valor de cera de 1 milhão de euros.
O projecto global está, neste momento orçado em cerca de 5 milhões de euros, um número que segundo o autarca de Bragança “não está fechado e pode aumentar, devido à grandeza do projecto”.
Sara Geraldes
Escrito por Brigantia
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