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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Se vir uma vaca-loura, avise

Não dá leite nem come erva. A vaca-loura é o maior escaravelho da Europa e um grupo de cientistas portugueses pretende monitorizar o inseto com a ajuda da população.
A vaca-loura, nome pelo qual é conhecido o maior escaravelho da Europa, é uma espécie cada vez mais ameaçada em Portugal. Com o objetivo de conhecer melhor as populações nacionais do inseto ainda existentes, a Universidade de Aveiro (UA), a Sociedade Portuguesa de Entomologia e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas juntaram-se para criar a Rede Portuguesa de Monitorização da Vaca-Loura.

"A monitorização das vacas-louras [também conhecidas como cabras-louras] é uma vontade antiga das várias entidades envolvidas, bem como uma necessidade urgente para que se possa conhecer melhor as populações e se poderem desenhar as medidas de conservação com base em informações atuais e credíveis", aponta Milene Matos, bióloga e uma das coordenadoras da Rede.

Voluntariado científico

Onde vivem e quantos são? Estas são algumas das perguntas que os cientistas querem ver respondidas. Para isso, apelam aos portugueses que andem com olhos postos no chão e nas árvores à procura das vacas-louras e que enviem uma fotografia das mesmas quando as avistarem. Juntamente com a foto, são pedidas algumas informações adicionais, como dados referentes à localização e o dia e hora do avistamento.

Como é cada vez mais difícil observar uma vaca-loura, a ajuda da população pode ainda ir mais longe. "Se conhece alguma área onde seja habitual observar uma vaca-loura no verão, adote um percurso de 500 metros e percorra-o semanalmente entre junho e julho. Registe as vacas-louras observadas através do site da Rede, onde os observadores se podem inscrever e obter toda a informação necessária", apelam os cientistas.

A identificação destes insetos pode ser bastante fácil graças ao seu aspeto inconfundível: o tamanho desmesurado (os machos podem atingir 8 cm), as proeminentes mandíbulas e a coloração castanha avermelhada.

O inseto, essencial à saúde das florestas, alimenta-se de madeira de árvores de folha caduca, como os carvalhos e os castanheiros, já morta e em decomposição.

As vacas-louras, assim como outros escaravelhos decompositores de madeira, prestam um serviço ecológico de elevada importância, mas a industrialização das florestas fez com que estes insetos perdessem muito do seu habitat.

A necessidade urgente de criar medidas de conservação dos insetos só pode ser respondida com um conhecimento mais detalhado da sua "área de distribuição e abundância" e é aí que a ciência-cidadã entra em ação.

"A possibilidade de mobilização de cidadãos-cientistas numa larga escala e a relativamente fácil obtenção de dados são vantagens inegáveis, principalmente quando os recursos financeiros para a ciência e para os projetos de conservação a longo termo se veem cada vez mais depauperados", nota Milene Matos.

A mesma metodologia será aplicada em vários países da Europa, estabelecendo-se uma rede Europeia que permita posteriormente analisar as medidas de conservação mais adequadas para a espécie.

A Rede de Monitorização da Vaca-Loura conta ainda com o apoio da Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da UA, a Sociedade Portuguesa de Entomologia, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Naturdata.

Idalina Barros
Jornal de Notícias

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