A tradicional Queima do Gato no Mourão, Vila Flor, só leva uma pessoa a julgamento. Rosa dos Santos, de 63 anos, a dona do gato Farrusco, vai começar a ser julgada no dia 11 de outubro, no Tribunal de Vila Flor.
Vai responder pelo crime de maus tratos a animais, na sequência da Queima do Gato, da noite de 23 para 24 de junho no ano passado. A tradição foi filmada, as imagens colocadas a rodar na Internet, gerando a revolta nas redes sociais.
O evento consiste em colocar um gato no interior de um pote de barro que é tapado com uma rede. A seguir é pendurado por uma corda no alto de um longo pau, no largo da festa da aldeia. O pau está envolto em palha, à qual é chegado fogo. O lume vai por ali acima, queima a corda, o pote cai, parte-se, e o gato sai disparado.
O Ministério Público entende que este ritual acabou por “provocar queimaduras na pele do gato e consequentemente sofrimento e dores.”
Apesar de à hora em que ocorreu a Queima do Gato estar muita gente no largo da aldeia, como deixou ver o vídeo publicado na Internet, o facto é que o Ministério Público não conseguiu identificar mais ninguém. Nem sequer com a ajuda da Polícia Judiciária, que informou que “o vídeo possui muito fraca qualidade, tendo impossibilitado a extração de fotogramas com propriedade para permitir a identificação dos indivíduos que atearam fogo à palha.”
Por esta razão, Rosa dos Santos será a única residente no Mourão que irá sentar-se no banco dos réus do tribunal de Vila Flor no julgamento com início marcado para 11 de outubro.
Informação CIR (Rádio Ansiães)
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