Virgínia do Carmo, a organizadora, faz a resenha do cartaz, onde estão alinhadas três apresentações de livros.
“São três apresentações todas bastante diferentes. De manhã, vamos evocar do Abade de Baçal, que é uma figura proeminente da cultura transmontana. À tarde, temos a apresentação de um livro de poesia, de uma escritora transmontana radicada em Lisboa, mas que é assumidamente transmontana, a Raquel Serejo Martins. E vamos ter ainda um ensaio, de António Sá Gué, que também é muito interessante.”
O objetivo do evento é que a comunidade participe.
“Nós vamos o convite para o Encontro de Escritores a toda a comunidade, e pretende ser um ponto de encontro entre quem escreve e quem lê.
O objetivo é juntar escritores, e é sempre um momento muito emocionante, porque há autores que têm uma afinidade tão bonita, e só se vêem em ocasiões como estas.
Mas o objetivo é também que apareça quem lê. É uma oportunidade para quem lê, de estar com os autores, de assistir à apresentação de livros. Queremos que apareçam cada vez mais pessoas, que não os escritores, para que consigamos envolver a comunidade.”
E cada vez mais os transmontanos querem ler obras de conterrâneos.
“Creio que sim.
Nós estamos a falar de livros, e, por isso, estamos a falar, infelizmente, de um nicho. Não falamos de grandes massas. Já estamos habituados, e sinceramente já não me incomoda.
O que interessa é que esse nicho tem cada vez mais rigor, e é cada vez mais exigente. Penso que estamos a falar de uma comunidade leitora cada vez mais educada.
Não somos muitos os que amamos os livros, mas tenho a esperança que os livros não vão morrer nunca.”
O VI Encontro de Escritores Transmontanos decorre durante todo o dia de amanhã na biblioteca municipal de Alfândega da Fé. Um evento aberto da toda a comunidade dada à leitura.
Escrito por ONDA LIVRE
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