Este ano agrícola não foi dos melhores para a produção de azeitona, o que está a preocupar os produtores de azeite e de azeitona de conserva. O azeite transmontano poderá sofrer quebras de produção entre os 15 e os 20%, e na região do Douro, os produtores temem mesmo que as quebras possam chegar aos 50 por cento.
Quanto à azeitona de conserva, a produção, nalguns casos, caiu para metade.
É o caso da “Negrinha de Freixo”, azeitona de conserva com Denominação de Origem Protegida(DOP). O presidente da Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta, José Santos, explica, no entanto, que menos azeitona é sinonimo de mais qualidade e subida de preço. “Há menos azeitona, tal como houve menos vinho e com também há menos amêndoa. A azeitona negrinha tem uma particularidade, este ano, que tem a ver com o facto de a maioria da azeitona que está a entrar na nossa cooperativa ser azeitona de primeira. São azeitonas graúdas, que cresceram porque havia pouca. Portanto, apesar de ser um ano de menos azeitona, perspectiva-se um ano bom, em termos de preços”, referiu.
Em 2015, a Adega Cooperativa de Freixo Espada à cinta recebeu 1,2 milhões de quilos de azeitona de conserva "Negrinha de Freixo". Este ano, estima-se que receba entre os 500 a 600 mil quilos.
José Santos refere que a “Negrinha de Freixo” é um produto com bastante procura, já que a única azeitona na região Norte a ter Denominação de origem Protegida. “ principal mercado da negrinha de Freixo é o mercado espanhol”, acrescentou.
A produção de azeitona regista este ano quebras, que podem chegar em alguns casos a 50 por cento, o que se prevê que inflacione o preço do azeite.
Escrito por Brigantia
Sara Geraldes
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