O Município de Mirandela já devolveu as quantias correspondentes às facturas do consumo de água, do mês de Novembro, que tinham sido pagas pelos consumidores que optam pelo sistema de pagamentos por débito direto em conta bancária e que reportavam verbas incorretas, devido a “um erro informático no sistema de facturação”, assumido pela autarquia.
Aos restantes consumidores que já pagaram, por outras vias, estão a ser emitidas notas de crédito numa nova factura que será enviada, em breve. Para quem ainda não pagou, os serviços municipais não estão a aceitar os pagamentos, porque vão receber uma factura rectificada.
No entanto, este caso serviu de mote para acelerar o combate político no concelho mirandelense, a menos de um ano das autárquicas, provocando uma troca de acusações entre os representantes das concelhias.
A líder do PS local, Júlia Rodrigues diz que “não se tratou de um erro informático, mas antes, de um erro político”.
Por seu lado, Rui Sá, da concelhia do PSD acusa Júlia Rodrigues de “aproveitamento político” nesta questão.
Já a líder da concelhia do CDS/PP, Sandra Grilo, tem dúvidas que tenha sido um erro informático a causar este problema, mas antes “um erro humano”.
Finalmente, Jorge Humberto, do PCP local, também torce o nariz à justificação dada pelo executivo de António Branco.
“Ou isto é má fé ou é incompetência. Se é incompetência a pessoa responsável tem que ser chamada à mesa do senhor presidente e levar um processo disciplinar. Se há um novo programa informático a pessoa responsável antes de emitir as facturas fazia um teste”.
O erro nas facturas do consumo de água de cerca de dois mil habitantes de Mirandela, a servir para uma espécie de antecipação da campanha para as autárquicas do próximo ano.
Escrito por Terra Quente (CIR)
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