O festival Geada promete "aquecer" os últimos dias de 2016 em Miranda do Douro com uma série de iniciativas a iniciar na quarta-feira, que incluem a música tradicional, as danças dos pauliteiros e o contacto com a língua mirandesa.
"Pretende-se dar a conhecer ao público novas manifestações artísticas, desde as mais recentes tendências da música tradicional portuguesa, passando pelas músicas do mundo e pelo poder da eletrónica", disse à Lusa Fernando Silva, um dos protagonistas da iniciativa cultural que se prolonga até ao último dia do ano.
A organização do festival cabe à Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), coletividade que "tenta dar a conhecer ao exterior" as tradições e os aspetos mais marcantes da cultura do Planalto Mirandês.
O Geada tem como lema "Bamos derretir l caraimbelo!" - "vamos derreter o gelo", em língua mirandesa.
Todos os anos o festival recebe jovens oriundos um pouco de todo o país e da vizinha Espanha e pretende festejar e divulgar a cultura, a língua e as tradições das Terras de Miranda.
"Não pretendemos um festival massificado, mas sim uma festa, que reúna entre 300 a 500 participantes", avançou a organização.
O programa do festival será preenchido com música e cultura mirandesa e uma ronda das adegas, para receber os convidados.
Para quinta-feira está marcado um concerto com banda folk Cecina de León, proveniente da Galiza (Espanha).
Já na sexta sobem ao palco os portugueses Projeto Aparte e Cabra Cega. As festividades terminam com a queima do "Ano Velho", no sábado.
As atividades estão este ano centradas na tenda montada no Jardim dos Frades Trinos.
Os participantes poderão dançar à volta da tradicional fogueira do galo, e, ao som e das gaitas-de-foles, dançar com os pauliteiros ao som da música tradicional mirandesa, tocar instrumentos tradicionais, descobrir a língua mirandesa ou conviver nas típicas adegas do centro histórico de Miranda do Douro.
FYP // MSP
Lusa/fim
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