A actual superfície de olival distribuída pelos cinco continentes está apta para produzir mais de 4,5 milhões de toneladas de azeite, segundo revelou Juan Vilar, vice-presidente executivo de GEA Iberia, numa conferência conjunta com o director executivo do Conselho Oleícola Internacional.
O encontro teve lugar em Lisboa, no âmbito do Dia Internacional da Oliveira e da celebração do 40 aniversário da Casa do Azeite da capital portuguesa. Ao longo da sua intervenção, Juan Vilar, manifestou que a produção, totalmente constatável, tanto de forma teórica como pratica, pois ao adicionar as produções mais elevadas dos actuais 56 países produtores, o valor obtido supera as 4,5 milhões de toneladas». Se for feita referência ao consumo e sob os cálculos mais ideais e modelos analisados, em nenhum dos caos seria possível superar a curto prazo as 3,5 milhões de toneladas, tendo em conta os mesmos modos de análises.
Vilar assinala que «são necessárias uma série de estratégias, sobretudo por entidades supranacionais como o Conselho Oleícola Internacional (COI) e os ministérios de Agricultura dos países produtores. O objectivo seria actuar de forma coordenada para promover o consumo dos produtos a nível global, pois apenas um deslocamento da procura seria adequado para absorver a produção obtida no citado cenário». «Não em vão, nos últimos 10 anos verificou-se uma descida generalizada do consumo interno em países como a Espana, Itália, Tunísia, Grécia e Jordânia, que supões mais de nove por cento do total do consumo mundial», explica Vilar.
Em relação às estratégicas de organização, Vilar voltou a apelar à singularização, principalmente para o olival tradicional que, se não se diferencia neste cenário, ficaria condenado a deixar de ser rentável em 74 por cento da superfície mundial. Segundo Vilar, «esse facto potencial, na sua máxima expressão, apenas poderia produzir um alinhamento apenas no comportamento dos 10 maiores países produtores».
Fonte: Agrodigital
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