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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Baçal

O Memórias e Outras Coisas…entrevistou o Presidente da Junta de Freguesia de Baçal, Luís Filipe Carvalho, em sequência da inauguração do Centro de Convívio desta localidade Bragançana.

Memórias e Outras Coisas (MOC): Quando tanto se fala de desertificação da nossa área rural, o que levou a Junta de Freguesia de Baçal a lançar mãos a este projeto?

Luís Filipe Carvalho (LFC) : Por vezes são as próprias pessoas na constante repetição das palavras que criam conceitos de interioridade e desertificação… Baçal é uma aldeia dinâmica, com uma população considerável e que tem nos últimos anos verificado um aumento, significativo até, do número de pessoas residentes. Existem vários fatores associados a este fenómeno, entre os quais a proximidade à capital de distrito e a existência do maior empregador da região (Faurecia). Mas não só. Nestes últimos anos temos criado e melhorado as condições de vida da população, quer ao nível de infraestruturas mas também de políticas de proximidade que consigam cativar os investimentos e a fixação de pessoas. Como diariamente a aldeia é bastante frequentada por forasteiros e residentes, a requalificação e ampliação do centro de convívio era natural...

MOC: Os “Filhos da Terra” têm por hábito vir até à aldeia nos fins-de-semana e nas férias?

LFC: Os filhos da terra mantiveram-se praticamente todos na aldeia. Eu sou um exemplo do espirito de determinação e luta para que as nossas aldeias não percam as suas gentes e a sua identidade. Fiz o ensino superior no litoral e quando terminei, a minha vontade foi a de voltar e recomeçar a minha vida aqui. Vinha todos os fins-de-semana. Recordo-me perfeitamente que o pior dia era a segunda-feira porque faltavam ainda cinco dias para regressar à minha terra. Todos os outros que procuraram a vida fora ou emigraram marcam presença sempre que podem e participam de forma ativa na vida da aldeia.

MOC: Qual foi o volume do investimento e que entidades o comparticiparam?

LFC: O volume de investimento total foi de 125.000 euros e teve a comparticipação do município de Bragança na ordem dos 95.000 euros. O restante foi investimento da Junta de Freguesia.

MOC: Que horário de funcionamento irá ter o Centro de Convívio e a quem se destina?

LFC: O Centro de Convívio tem cerca de 20 anos. Funciona todos os dias da semana entre as 12:30 e as 0:00 horas. Destina-se sobretudo às gentes da aldeia e da freguesia, com o intuito de fomentar a confraternização e a aproximação das pessoas num espaço que é de todos. No entanto, são muitos os forasteiros que frequentam o bar do centro de convívio, pois é do conhecimento geral que Baçal é bastante procurada por ser a terra natal do famoso abade e historiador Francisco Manuel Alves, o Abade de Baçal.

MOC: Quais são as valências efetivas do Centro de Convívio?

LFC: O Centro de Convívio apresenta várias valências, tendo com esta requalificação e ampliação sido melhoradas as condições de conforto e bem-estar. O Edifício é composto por um bar, uma cozinha polivalente, um salão, gabinetes onde estão sediadas a Associação Cultural e Recreativa Abade de Baçal e a Junta de Agricultores e uma sala de reuniões. Para além das festividades religiosas, o espaço é utilizado pela associação e pelas comissões de festas para a realização de almoços e jantares convívio, para a realização da tradicional festa dos reis (ou dos rapazes), para realização de atividades pela associação de caçadores e sempre que solicitado pelas pessoas da aldeia para outro tipo de eventos ou festas particulares.

MOC: Deixe-nos a sua opinião sobre o que podem fazer as instituições e as autarquias locais, no sentido de alterar o que parece ser um trágico destino, a desertificação do Nordeste Transmontano.

LFC: As políticas deste executivo têm sido direcionadas para as pessoas em detrimento do betão e do investimento supérfluo. As necessidades básicas têm sido supridas e tem sido feito o que é essencial. Por vezes o simples facto de acompanharmos de perto as nossas gentes e o nosso território permite-nos perceber quais são as suas preocupações e as suas necessidades. Deve-se apoiar o investimento particular e desburocratizar os processos criando condições para que as pessoas se fixem.


MOC: Em ano de eleições autárquicas é inevitável fazermos a pergunta: - Será candidato a um novo mandato?

LFC: Posso dizer neste momento que serei candidato a mais um mandato à Junta de Freguesia que lidero. Aquilo que temos feito aliado à permanente vontade manifestada por muitas pessoas fez-me entender que o devia fazer.

Não podia terminar sem agradecer ao Memórias e Outras Coisas pela entrevista. Todas as formas de comunicação são essenciais e a liberdade de expressão é fundamental. Desejo que continues a dedicar uma parte do teu tempo a este blog pois são estas pequenas coisas de hoje que podem ser grandes no amanhã.

Cumprimentos pessoais com grande amizade associada,
Luís Filipe Carvalho

Eu é que agradeço a tua pronta disponibilidade em concederes esta curta entrevista.
Desejo-te os maiores êxitos pessoais e profissionais.

Um grande abraço.
Henrique Martins

1 comentário:

  1. Conheci Baçal há alguns anos pelas mãos do Luís, e não há dúvida que é uma aldeia carismática!
    Carisma esse que o Luís sempre fez questão de divulgar, e o seu orgulho na sua aldeia, na sua cidade, e na sua região, são de facto assinaláveis, fazendo crer que, e mais houvessem como ele, a desertificação do interior seria muito menor do que é.

    Um bem haja

    Miguel

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