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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Risco de mortes no Inverno sobe em concelhos com piores condições habitacionais

De acordo com um estudo da Universidade de Coimbra, as doenças do sistema circulatório são mais frequentes no Inverno e não são provocadas apenas pelas baixas temperaturas.
Os concelhos com piores condições de habitação e com maior privação sócio material registam um maior risco de mortes por doenças circulatórias no Inverno, conclui um estudo da Universidade de Coimbra (UC).

Face à importância desses dois factores, os concelhos com temperaturas mais baixas não são necessariamente os concelhos com maior risco de excesso de mortes por doença do sistema circulatório durante o Inverno, sugere um estudo realizado pelo investigador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra Ricardo Almendra.

De acordo com a investigação, a população residente nos municípios com as piores condições habitacionais e maiores níveis de privação sócio material (desemprego e baixa escolaridade, entre outros factores) apresentam um aumento de 70% e de 60% do risco de excesso de mortalidade no Inverno, respetivamente. A temperatura, por si só, não é um fenómeno determinante, disse à agência Lusa o investigador.

Aliás, o excesso de mortalidade no Inverno é mais expressivo em Portugal do que nos países do norte da Europa, onde as temperaturas são mais baixas mas onde as populações estão mais preparadas e "menos expostas ao frio", recordou.

O estudo, realizado no âmbito da tese de doutoramento de Ricardo Almendra, procura analisar, por concelho, a relação entre o excesso de mortes por doenças do sistema circulatório (por exemplo AVC ou enfarte) no Inverno, entre 2002 e 2011, e as condições de habitação e privação sócio material.

Apesar de os dados obtidos pela Lusa não estarem desagregados por concelho, é possível observar um maior excesso de mortalidade por doenças circulatórias durante o Inverno em regiões como o Alentejo, Beira Baixa e Beira Alta.

Porém, nos distritos de Bragança e de Vila Real, onde se registam por vezes temperaturas abaixo dos 0º Celsius, há zonas desses mesmos territórios onde o risco é mais reduzido.

Um estudo da Universidade de Londres demonstra que a exposição ao frio pode estar associada a um aumento da tensão arterial e da viscosidade do sangue, podendo estas situações causar doenças cardiovasculares, especialmente em pessoas mais fragilizadas ou com um sistema circulatório fraco. No entanto, "a mortalidade em excesso [no Inverno] não é uma inevitabilidade ambiental ou meteorológica". Caso assim fosse, "Portugal teria menos excesso de mortalidade [durante o Inverno], em comparação com outros países", notou Ricardo Almendra.

Nos dez anos analisados, foram registadas 350 mil mortes por doenças do sistema circulatório em Portugal, sendo que se verifica um aumento de 27% de óbitos durante o Inverno - situação com menor expressão no litoral.

Agência Lusa
Jornal Público

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