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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Agricultores de Torre de Moncorvo processam Estado por alagamento em terrenos provocados pela ETAR

Dois casais de agricultores de Torre de Moncorvo apresentaram uma acção contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Os queixosos pedem uma indemnização de mais de 1 milhão e meio de euros por danos em terrenos agrícolas que deixaram de poder ser cultivados por estrarem constantemente alagados, uma ocorrência que atribuem à proximidade da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Torre de Moncorvo.
Segundo Castanheira Barros, o advogado dos dois casais trata-se de um atentado ambiental muito grave, e relata que são as águas da ETAR que encharcam os terrenos junto às casas dos agricultores, o que inutiliza o campo

“O encharcamento foi reconhecido pelo tribunal como sendo a causa dos danos nos terrenos, mas os tribunais nacionais não deram como provado este que provinha das águas residuais”, refere o advogado, que frisa, no entanto, que no local não há nenhum outro factor de alagamento constante que não esse.

Os problemas arrastam-se há cerca de 10 anos e o processo em tribunal decorre desde 2013, sendo que nessa fase os réus eram a empresa Águas do Norte e a Agência Portuguesa do Ambiente.

Esta acção contra o Estado, que foi instaurada no final da semana passada, contesta o facto de o supremo tribunal administrativo ter impedido que os agricultores recorressem da decisão do tribunal de segunda instância.

Castanheira Barros argumenta que o Tribunal Central Administrativo do Norte autolimitou a sua competência de modificar a matéria de facto, dada como provada em primeira instância. “Assim, este tribunal fez com que o recurso que nós interpusemos não fosse efectivo, dentro da interpretação que é dada ao artigo 13 da Convenção dos Direitos do Homem”, sustenta.

A alternativa foi recorrer ao tribunal europeu, já que o jurista com 33 anos de profissão entende que esta “foi a decisão mais injusta” que recebeu num caso, “pela negação da evidência, pela parcialidade com que foram tomadas as decisões na primeira e segunda instância, pelo desrespeito pelo trabalho aturado de ouvir os depoimentos prestados e de nada valeu porque não houve o mínimo respeito” e espera que se consiga fazer no Tribunal Europeu, a justiça que considera que foi negada nos tribunais nacionais e administrativos.

Um casal na casa dos 80 anos e outro na casa dos 70, que se dedicaram durante a maior parte das suas vidas à agricultura e ainda dependem da actividade, recorrem agora ao tribunal europeu dos direitos do homem para serem compensados do problema que têm vindo a enfrentar desde a entrada em funcionamento da ETAR de Torre de Moncorvo.

É pedida uma indemnização de 900 mil euros para um casal e um valor de 600 mil para outro, a que acrescem juros e danos morais. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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