No Centro Cultural de Vila Flor, começou a ganhar forma, no sábado, um movimento de cidadãos do vale do Tua, que até pode evoluir para uma associação ou mesmo para um partido político.
Tudo depende do apoio de todos quantos se interessem pela região de Trás-os-Montes e Alto Douro e queiram ver reposta a circulação ferroviária nas linhas que deixaram de ter comboio nos últimos 30 anos.
Um dos representantes deste movimento defensor dos caminhos-de-ferro é um professor reformado, Orlando Videira Félix, natural de Alijó que explica em que consiste este movimento. “Somos um grupo de cidadãos que resolveu exercer alguma forma de cidadania e não ficar propriamente parado à espera que as coisas aconteçam por si. Queremos que o poder local faça alguma coisa pela nossa região nomeadamente pelas infra-estruturas ferroviárias.”
Orlando Félix salvaguarda que o movimento não está contra a barragem do Tua nem contra o plano de mobilidade, apenas pretende que volte a haver comboios na região. “Sabemos que a própria EDP tinha dois projectos, um contemplaria a linha, o outro contemplava apenas o projecto da barragem. Nós pretendemos exigir esclarecimentos, ter acesso ao primeiro projecto que contemplava a linha, para depois apresentarmos alternativas”, explica Orlando Videira Félix.
O grupo espera agora adesão por parte dos restantes cidadãos, para revindicar a reposição da circulação ferroviária nas linhas transmontanas onde o comboio não passa há 30 anos.
Escrito por Brigantia
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