O setor apícola está a crescer, a nível nacional, 5% por ano.
Números avançados por Manuel Gonçalves, o presidente da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP). O número de produtores tem vindo a descer, é certo. Mas não se ressente na produção.
“O setor está a crescer 5% ao ano. Neste momento, temos menos apicultores do que tínhamos há 10 anos, mas temos, possivelmente, mais de 50% do efetivo apícola.
Neste momento, estamos com cerca de 650 mil colmeias. Temos uma produção maior, a qualidade do mel é melhor. Tem de apostado na melhoria de qualidade, de produção e de rentabilidade e de sustentabilidade económica das produções.”
A média de idade do apicultor está a diminuir, a formação a aumentar. Em Trás-os-Montes estima-se que estejam no momento 500 produtores no ativo. E, em Portugal, ainda há mercado para crescer.
“O apicultor tradicional tinha uma idade avançada, acima dos 65 anos. Neste momento, a média é de 56 anos. A formação tem vindo a aumentar, e as exigências no setor assim o obrigam. As técnicas usadas requerem conhecimentos, e os jovens com formação superior têm vindo a crescer no setor.
Quanto ao mercado, deixo um número: A Europa produz menos 40% do mel que o que consome. E por isso, tem que importar.”
Este fim-de-semana, Macedo de Cavaleiros recebeu 250 apicultores, portugueses e espanhóis, para as XIII Jornadas da Macmel e V Seminário da Associação Apícola Seita da Abelha. Francisco Rogão, da organização, lembra que há produtos da colmeia que ainda podem ser rentabilizados.
“Neste momento, o apicultor está muito virado para o mel. Começa a virar para o pólen. Mas há outros, como a geleia real, que praticamente não se produz no nosso país, e pode ser um potencial económico a explorar.”
Nesta matéria, o presidente da FNAP considera que é possível produzir mais própolis e pólen no nosso país, mas realça que, quando à geleia real, o mercado está monopolizado pela China, que é neste momento o maior exportador mundial. Na Europa, este mercado é dominado pela França.
Escrito por ONDA LIVRE
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