Os concursos públicos para os projectos do Museu da Língua Portuguesa e do jardim António José de Almeida, na cidade de Bragança, estão a ser contestados por alguns dos concorrentes, devido à possibilidade de identificação dos autores nas propostas submetidas à avaliação do júri.
Os projectos vencedores já foram seleccionados, no entanto, o processo está a ser posto em causa por outros candidatos, que alegam que era possível identificar os autores, através da consulta das propriedades do ficheiro PDF submetido na plataforma, apesar do anonimato ser uma exigência concursal,
Contactado, o presidente do município de Bragança, Hernâni Dias, não quis comentar a polémica, referindo qual o processo por que passaram os projectos submetidos para transformar os antigos silos da EPAC em Museu da Língua.
“O júri do concurso público internacional, ao qual foram apresentadas 18 propostas nacionais e internacionais para o projecto de concepção do Museu da Língua Portuguesa, procedeu à análise das propostas tendo sido atribuída classificação que resultou na ordenação das mesmas, de acordo com os critérios definidos nos termos da referência do concurso supracitado”, começou por referir. No entanto, o autarca reconheceu que foram apresentados pedidos de esclarecimentos em relação ao concurso do Museu da Língua Portuguesa. “Após publicação da lista de ordenação, foram apresentados por concorrentes alguns pedidos de esclarecimento, alegando que num dos documentos da proposta vencedora, nas propriedades do documento, consta informação susceptível de identificação desse mesmo concorrente”, disse o autarca numa declaração à Rádio Brigantia.
Hernâni Dias esclareceu ainda que, “tendo em conta a complexidade e a especificidade dos pedidos de esclarecimento, entendeu o júri remeter o processo para a análise jurídica, para orientação de futura tomada de decisão”.
O Museu da Língua Portuguesa é um projecto de 6,5 milhões de euros que ficará instalado nos antigos silos da EPAC, pertencendo o projecto vencedor à empresa ARC Arquitectos, Ramos e Clark, sediado em Lisboa.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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