“Algures a Nordeste” é o nome do projecto que junta os Teatros de Bragança e Vila Real. Trata-se de uma iniciativa para promover o território e a cultura transmontanas através da criação artística, que inclui o primeiro festival de dança contemporânea da região.
O nome do projecto “Algures a Nordeste” surgiu, segundo a directora do teatro municipal de Bragança, Helena Genésio, do nome de um livro de poesia de Pires de Cabral e é uma forma de prestar homenagem ao escritor transmontano, natural de Macedo de Cavaleiros.
Trata-se de uma iniciativa que envolve duas áreas de acção.
“A primeira área é no âmbito da criação. Vão ser criados quatro espectáculos originais nos próximos dois anos, dois em Bragança e dois em Vila Real. A segunda área conta com a realização de um festival de dança contemporânea, que será inédito na região”, explicou Helena Genésio, directora do Teatro Municipal de Bragança
A estreia de duas produções originais está prevista ainda para este ano e vai contar com a participação das comunidades locais. As restantes estão previstas para 2018.
Em Bragança, o Teatro do Bolhão, com coreografia de Joana Providência, vai inspirar-se nas obras fotográficas transmontanas do francês Georges Dussaud. Já por Vila Real será apresentado o “Barro”, inspirado no barro de Bisalhães por Mafalda Deville da Companhia Instável.
Na área da dança, o mês de Setembro vai começar com o primeiro Festival de Dança Contemporânea da região transmontana. No dia 9 Bragança apresenta o espectáculo da Companhia de Dança de Almada. Cada teatro vai receber seis espectáculos de dança e dois workshops.
“O nosso grande objetivo é trazer o grande público para a dança contemporânea. Temos espectáculos para todas as idades, são espectáculos para grandes públicos”, acrescentou Helena Genésio.
A entrada é gratuita e em ambos os teatros vão participar companhias nacionais como as de Olga Roriz e Vítor Hugo Pontes. A directora do TMB entende esta parceria como uma mais-valia para os dois distritos.
“Entendemos que não somos concorrentes mas sim cúmplices a trabalhar para uma só região, ganhamos juntos o que perdemos separados”, concluiu.
Um trabalho conjunto pela arte em Trás-os-Montes que durante um mês convida todos a uma ida ao teatro.
Escrito por Brigantia
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