Centenas de peixes mortos apareceram, esta quarta-feira, a boiar, no rio Tua, junto à aldeia de Frechas, no concelho de Mirandela, precisamente no mesmo local, onde, há quinze dias atrás, mais concretamente, no dia 12 de Julho, já tinham aparecido, peixes mortos em maior número.
Os habitantes não têm dúvidas que se trata de um crime ambiental, apontando o dedo a uma fábrica de produção e refinação de óleos alimentares, situada no lugar de Latadas, entre Mirandela e Frechas.
“São autênticos criminosos. Uma vez ainda se tolera, agora voltarem a despejar uma cisterna ao rio é um crime”, afirma um dos habitante de Frechas.
A empresa suspeita de ser a responsável pelas descargas poluentes, está a ser investigada pelas autoridades., desde que aconteceu o primeiro caso, há duas semanas.
Na altura, foram recolhidas várias amostras de água para análise, mas, ao que apuramos, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ainda não tem ao seu dispor os resultados concretos.
Ontem, voltaram ao local elementos do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, que elaborou um novo auto de notícia e o serviço de saúde pública concelhio procedeu à recolha de águas para análise.
Quem vive na zona, espera por medidas concretas para resolver de vez este problema.
“Não queremos que a empresa feche as portas, mas que tome as precauções necessárias para evitar este tipo de situações”, refere Fernando Sarmento, outro morador na zona.
Entretanto, ninguém da empresa em causa quis pronunciar-se sobre o assunto. No espaço de duas semanas, é o segundo caso de mortandade de peixes a boiar no rio Tua, junto à aldeia de Frechas, no concelho de Mirandela.
Escrito por Rádio Terra Quente (CIR)
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