É cada vez maior a diminuição da perdiz na região. Embora a perda não seja tão grande como no coelho bravo a perda de habitat é um dos principais motivos que tem levado à redução da quantidade em Trás-os-Montes, tal como refere Paulo Cortez, do Departamento de Ambiente e Recursos Naturais do IPB.
“A perda de habitat por alteração daquilo que são os cultivos agrícolas e em muitos casos o abandono e portanto o aparecimento cada vez mais de mato. Especialmente matos densos são muito desfavoráveis para a perdiz. Isso a par com alguma pressão, com algum interesse mas sobretudo com alguma pressão em termos de mortalidade que fará com que ela tenha vindo a desaparecer e claro que se as populações locais têm vindo a envelhecer e os terrenos não sendo cultivados, não há forma que não essa de inverter o processo de modo sustentável.”
Tratar os habitats e reverter o abandono agrícola é uma das formas apontadas como preventivas para a sustentabilidade da perdiz.
“O habitat deve produzir, deve ser produtivo e deve garantir as populações de perdiz. De outro modo não é possível. Nós não podemos manter artificialmente, não faz sentido níveis elevados de animais sem eles terem onde se esconder, onde comer e onde se reproduzir naturalmente. Portanto tem que se ultrapassar isso de algum modo. Eu acho que é benéfico em todos os sentidos inverter este abandono agrícola e assim dar apoio às populações para poderem produzir nos seus campos porque é nessas áreas que, de facto, as perdizes conseguem reproduzir-se melhor.”
Paulo Cortez que considera importante não deixar perder a espécie e acredita que enquanto existirem caçadores a perdiz não irá desaparecer.
“A política tem que permitir que não desapareçam as pessoas e com isso desapareça a agricultura. Há de certeza descendência algures e haverá depois procedimentos portanto eu acredito que a perdiz não desapareça, não pode desaparecer pois é uma espécie emblemática; não só destes territórios Mediterrânicos como também do caçador.
Portanto enquanto houver caçadores eu acredito que haja perdiz e enquanto houver agricultores eu também acredito que haja perdiz.”
A diminuição da perdiz a merecer atenção para que não se chegue à extinção da espécie.
Escrito por ONDA LIVRE
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