quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O FUTURO DA PÁTRIA DEPENDE DA FORMA COMO SE EDUCA A JUVENTUDE

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."
Há uma máxima, que todo o agricultor conhece: “ Colhe-se o que se semeia”.
Se, semeamos boa semente, e se cuidarmos da planta com carinho: livrando-a de parasitas, adubando e estrumando bem a terra, colher-se-á bons frutos: em tamanho e qualidade.
Ora o que se passa com as plantas, acontece com as nossas crianças.
Se quisermos sociedade: justa, honesta e sadia, teremos de cuidar da juventude. Os pais, como primeiros educadores, devem inculcar, desde a mais tenra idade, hábitos bons: ensinando-os a respeitar os mais velhos; a utilizarem as palavras e frases, que lubrificam as relações humanas, tais como: “ Muito obrigado.” “ Não tem de quê.” “ Por favor.”…
Educar não é só teoria, nem palavras, mas exemplos. A criança é ótima observadora, e repete sempre: gestos, atitudes, vocabulário e comportamentos que presenciam em casa.
Mais tarde, cumpre à Escola, complementar a missão dos pais.
Não incutindo (como se faz em alguns estabelecimentos de ensino,) nas mentes em formação: aberrações e imoralidades, embuçadas na manta de democracia, e muito menos, semear a depravação, sob a forma de Arte; mas, ensinando as regras: morais e cívicas, há muito enraizadas na alma da nação.
Se deixarmos a juventude ser educada pela TV, sem regras, sem princípios morais e sem respeito pelos mestres, não estamos a criar, apenas, delinquentes, mas a pôr em perigo o futuro da Pátria: a formar políticos e leitores corruptos, professores imorais e juízes iníquos.
A semente pode ser boa (leia-se o jovem,) mas se a terra não for apropriada, e não cuidarmos da criança, ela não dará bons frutos.
Certo pastor baptista, contou-me. Num congresso em Madrid, alegoria sobre a fé e o trabalho dos crentes, que se pode adaptar à educação:
Se pretendemos bons bolbos de tulipas, teremos de os importar da Holanda.
Lançamo-los à terra, crescem, e darão flores perfeitas. Mas se os guardarmos para florirem no ano seguinte, já não produzem a mesma qualidade, e no decorrer do tempo, degeneram-se, e teremos que ir à “fonte” adquirir outros.
E por que degeneram?
Porque não soubemos cuidar como devia.
Acontece o mesmo com os jovens. Se não os educarmos para serem homens honestos, rígidos no comportamento e na moral, “degeneram “, e teremos geração de: corruptos, impostores, viciosos e criminosos.
O futuro das instituições, está nas nossas mãos.
Se desejamos coletividade, depravada, entregue ao vício e ao desrespeito, diremos aos nossos filhos: “Tudo vos é permitido “. Se queremos sociedade, onde impere a Caridade e o Amor, ensinemos: “ Nem tudo é permitido, mas apenas o que vos torne espiritualmente melhor “.
A escolha é nossa. A velha Roma escolheu o caminho da liberdade e do prazer, e sucumbiu.
O que nos acontecerá, se não mudarmos de caminho?


Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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