O Município de Macedo de Cavaleiros cortou em 25.000€ na verba atribuída anualmente à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros.
Situação discutida na Assembleia Geral dos Bombeiros na apresentação do Plano de Atividades e Orçamento para 2018.
Uma surpresa para António Batista, presidente da Associação, que admite, que contava com um aumento na verba e nunca com uma diminuição como tem vindo a acontecer.
“Eu estranhei muito e fiquei muito revoltado com a redução substancial na verba que nos foi atribuída. Estava longe de pensar que em vez de me diminuírem que me iam aumentar na verba. Esta instituição em termos de subsídios da Câmara estamos a receber menos 60 mil euros, então como é que mantenho o pessoal com estes cortes? São menos cinco mil euros a menos por ano. Esta instituição não se compadece com estas reduções, ou querem aqui os Bombeiros e mantemos o pessoal, que é uma necessidade e ainda era necessário meter mais pessoal. É uma necessidade, mas não o conseguimos com estes apoios.”
O corte nas verbas que impede a contratação de pessoal necessário na equipa e que pode pôr em risco a Associação.
“Não há verbas, não se pode fazer omeletes sem ovos e digo que vai ser muito difícil aguentar esta instituição, está em risco. Se a autarquia manter os 75 mil euros, se não fizer os orçamentos retificativos e repuser as verbas que realmente nós nos sentimos com “direito a elas”, não temos hipótese; não há nenhuma Direção que consiga aguentar isto. Só tínhamos outra hipótese que era despedir pessoal, mas se nós precisamos de pessoal como é que o vamos demitir?”
O presidente António Batista que chega a pôr em causa o seu lugar na Direção por não conseguir sustentar a situação em que estes cortes do Município deixam a Associação dos Bombeiros.
“Nós precisamos de ter um socorro rápido, eficaz e que dê garantias de segurança à população. Mas para isso é necessário que a autarquia dê valor à instituição dos Bombeiros e que perceba que não é reduzindo verbas que está a ajudar. Assim põem em causa esta instituição.
Vou refletir muito bem se continuo ou não, se continuo ainda este ano. Daqui a um ano há eleições mas eu vou refletir se estou interessado em continuar ainda este ano. Não há hipótese.”
O orçamento para 2018 foi aprovado na referida Assembleia por maioria com uma abstenção.
Escrito por ONDA LIVRE
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