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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

ALVITES - Freguesias do Concelho de Mirandela

ALVITES dista cerca de 16 km para norte da cidade de Mirandela numa zona planáltica. O povoamento remonta aos vestígios de fortificações castrejas que ali existem. E o seu topónimo parece significar "testemunho", tornando mais enigmática a sua origem. A sua Igreja era anexa de Ala noutros tempos, tem por orago S. Vicente, sendo uma terra a quem foi dado foral por Julião Gonçalves, juiz de Panóias, a consentimento de D. Afonso III, em Junho de 1249.
Vários Fidalgos e Cavaleiros Nobres ali tiveram o seu berço, como é o caso de Amaro Vicente Pavão de Sousa, oficial destemido que se distinguiu na guerra peninsular. Ou Cristóvão José de Frias Sarmento, Fidalgo da Casa Real, bem como os seus irmãos e irmãs. Ou António Maurício Pereira Cabral, que foi Fidalgo Cavaleiro por alvará de 6 de Abril de 1827. Para além de Alvites ter tido também um Morgadio.
Possui ainda dois riquíssimos solares brasonados. Um dos Bacelares e o outro dos Barbosas.
Em 19 de Julho de 1901, passava a ter escola primária. Em meados desse século viviam ali 797 pessoas. Porém, em 1991 eram 393 e em 2001 ficavam se pelos 287, sendo 140 do sexo feminino.
Em 1960 tinha 2 professoras, 2 mercearias e 3 proprietários a abastados.
Alvites é uma terra de emigrantes, que tem a agricultura e a pecuária como bases do seu sustento. Gado bovino, cabras e ovelhas abundam por ali, bem como frutas diversas, azeite, vinho e pão.
Apesar de conservarem já poucas profissões tradicionais, ainda lá vimos um barbeiro, dois sapateiros, três sapateiros, três negociantes. Um ferreiro, um lagar de azeite que emprega algumas pessoas em Dezembro e Janeiro e até Fevereiro de cada ano, como o Forno de cozer o pão que vai cumprindo a sua missão. Além dos Solares atrás mencionados, e que ficam na Rua Dr. Miguel Bacelar, vemos a sumptuosa Igreja Matriz de granito, com rosácea, frontaria românica, mas também o bonito Cruzeiro, a Casa Paroquial, a Fonte de 1938, tudo granítico também, e rodeando o Largo do Cruzeiro, qual praça histórica viva. Assim como a Fonte da rua do Paço, de 1931, As Capelas de Santa Madalena e de Santa Ana, a Casa do Povo, o Bairro Novo, a Rua do Lameiro, identificam bem esta interessante terra.
O jogo da Malha aos domingos e dias Santos, o passeio até ao Largo do Cruzeiro, os bailes de domingo na Casa do Povo ou os namoricos junto das fontes, são algumas maneiras de lazer que ainda se usam bastante nos nossos dias.
Alvites tem como anexas: Assoreira, Lamas de Cavalo e Vale de Lagoa. A primeira fica junto da Ribeira da Assoreira, que lhe deu o nome, e possui bons terrenos agrícolas.
Vale de Lagoa, com poucas dezenas de casas, no extremo oriente da freguesia, fica numa encosta, à volta da sua capela, e é composta de algumas casas rústicas. Quanto a Lamas de Cavalo tem cerca de 12 moradores encaixando se no declive de uma encosta que, naquele local apanhou um pequeno vale.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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