Aplicações financeiras de 821 mil euros tinham funcionário da Caixa como beneficiário
Um funcionário da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que se apoderou da fortuna de uma milionária falecida em Macedo de Cavaleiros foi condenado a entregar o dinheiro à herança: 821 mil euros que a idosa, através do banco, aplicara em produtos financeiros de uma seguradora nos quais o bancário constava como beneficiário, em caso de morte.
Nuno Miguel Maia
Jornal de Notícias
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Um ex-bancário da Caixa Geral de Depósitos de Macedo de Cavaleiros foi condenado pelo Tribunal de Bragança a devolver 821 mil euros que herdou de Maria de Lurdes Vieira, uma idosa que morreu em 2009.
O caso vinha a ser disputado na Justiça há dois anos, depois de um processo interposto por Ester Vieira, irmã e única parente da falecida. Em causa estavam aplicações financeiras na companhia de seguros Fidelidade.
No testamento feito por Maria de Lurdes, em 2007, não foi incluída a maior fatia da herança, relativa a este investimento financeiro, à altura 758 mil euros, verba que aumentou devido aos juros. Tinham como titular Maria de Lurdes e Manuel Gomes, o bancário, agora reformado, que seria o beneficiário em caso de morte, que veio a acontecer dois anos depois da assinatura do documento. Ester Vieira reclamava para si este dinheiro, alegando que a irmã apenas teria concordado que Manuel Gomes fosse cotitular por achar que este seria apenas um gestor de conta.
Acusava ainda Manuel Gomes de se ter aproximado da idosa com a intenção de a afastar da família para ficar com a quantia em causa. Manuel Gomes sempre recusou estas acusações. Segundo ele, as irmãs estavam de relações cortadas há anos, ao contrário dele, que tinha uma amizade de décadas com Maria de Lurdes. A idosa passou mesmo os últimos anos de vida na casa do bancário.
Deste processo faziam ainda parte a mulher do bancário e a CGD, que acabaram ilibadas.
Tânia Rei
Correio da Manhã
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