Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Bragança quer Museu da Língua Portuguesa nos antigos silos da EPAC

Os documentos de aquisição do imóvel já deram entrada no Tribunal de Contas e a autarquia espera uma decisão positiva para arrancar com o projeto, que tem tido alguns contratempos.
Clica na Imagem para ouvir a Reportagem
Depois do concurso internacional de ideias ter sido contestado por falta de confidencialidade da proposta vencedora, agora a oposição da Câmara Municipal de Bragança afirma que o modo de aquisição do imóvel, onde se pretende fazer o Museu da Língua Portuguesa, vai ser muito demorado, devido a questões processuais e isso pode fazer com que se percam os fundos comunitários destinados ao espaço, colocando em causa a construção do próprio museu

A autarquia já tinha apresentado há algum tempo a ideia da construção do museu na cidade. "Há já alguns anos que criámos a associação promotora do Museu da Língua Portuguesa aqui em Bragança, que tem três parceiros: a Câmara Municipal de Bragança, a Academia de Ciências de Lisboa e o Instituto Politécnico de Bragança", diz Hernâni Dias, presidente da Câmara da cidade transmontana.

Logo de seguida, a autarquia tratou de arranjar uma verba para a compra dos antigos silos da EPAC, a Empresa Pública de Abastecimento de Cereais na cidade, onde deverá ficar o Museu.

O processo seguiu com o lançamento de um concurso internacional de propostas para o espaço. Concorreram 18 empresas. No momento da apresentação do projeto vencedor alguém descobriu um erro na candidatura, o que resultou na desclassificação do projeto vencedor.

Depois de várias verificações técnicas e jurídicas, o júri decidiu atribuir a construção do equipamento à empresa classificada em segundo lugar.

Iniciaram-se, então, os procedimentos de aquisição dos antigos Silos - que estavam, desde 2002, ligados ao Instituto Politécnico de Bragança, debaixo de um contrato promessa de compra e venda com a Direção-Geral do Património Cultural. Um negócio que nunca chegou a concretizar-se na totalidade. O Politécnico apenas pagou uma das quinze prestações acordadas.

Para que a câmara pudesse adquirir o imóvel foi necessária a cedência de posição de contrato por parte do instituto ao município.

"O imóvel custa 613.500 euros. Nós damos 574 mil euros ao Estado, à Direção-Geral do Património, e damos 40.600 euros ao Politécnico, que já tinha pago uma parcela ", salienta o presidente da câmara.

Oposição fala em processo "atabalhoado"

Carlos Guerra, vereador do PS, diz que os socialistas estão totalmente a favor da construção do museu mas que o município anda a "por o carro à frente dos bois". "É a forma atabalhoada como a câmara tem conduzido este processo para ter o local onde quer instalar o Museu. Achamos que a câmara começou a fazer um projeto para um local que ainda não lhe pertencia e agora tem que ver como é que isso lhe pertence".

E essa fórmula, acrescenta Carlos Guerra, é mais complicada do que se pensa e poderá arrastar-se no tempo, com consequências que podem chegar à perda do financiamento europeu.

"Assuntos que envolvem o Tribunal de Contas, a Direção Geral do Tesouro, a propriedade do Estado, fazendo acordos de cedências com organismos que já não são os titulares daquilo que estão a ceder, penso que pode resultar muito mal. Pode causar grandes atrasos e, naturalmente, os fundos comunitários não ficam lá para a eternidade à espera que a câmara de Bragança consiga tratar dos assuntos que deveria ter tratado há muito mais tempo", aponta o vereador da oposição.

Carlos Guerra afirma mesmo que toda a demora processual pode evar a que o Museu da Língua Portuguesa nunca veja a luz do dia. "É um atraso significativo na resolução daquilo que são os problemas administrativos mas que são obrigatórios e que depois, mais uma vez, vai servir para explicar porque é que não se conseguiu", termina Carlos Guerra.

Todo o processo seguiu, a 27 de dezembro, para o Tribunal de Contas. O presidente da Câmara de Bragança diz-se confiante e sereno num desfecho célere e positivo. "O Tribunal de Contas tem os seus prazos legais para dar resposta aos pedidos que lhe são submetidos. Nós aguardamos pacientemente que o tribunal emita o seu visto, ponto final", conclui Hernâni Dias.

O custo total do Museu da Língua Portuguesa, a instalar em Bragança, está orçamentado em cerca de 7 milhões de euros.

Afonso de Sousa
TSF

Sem comentários:

Enviar um comentário