Os autarcas de Bragança e Vinhais não estão satisfeitos com a decisão já anunciada do Ministro da Agricultura de não atribuir apoios aos produtores de castanha afectados pela seca.
Ambos os municípios, que são responsáveis pela produção de 1/3 da castanha nacional, cerca de 25 mil toneladas anuais, tinham pedido ao governo apoios excepcionais face à quebra de produção.
Perante estes pedidos, o Ministro da Agricultura acabou por dizer na feira da Caça e do Turismo de Macedo de Cavaleiros que não haveria lugar a compensações devido às quebras de produção.
O presidente do Município de Bragança, Hernâni Dias, lamentou a decisão.
“É pena que se fale tanto em ajuda a quem precisa, nomeadamente no sector agrícola, e numa altura em que, não por vontade dos produtores mas por factores absolutamente fora do seu controle tenha havido uma quebra brutal na produção e o senhor ministro diga apenas que houve outras culturas que tiveram prejuízos e não podem estar a suportar isso”, frisou Hernâni Dias.
O presidente do município brigantino ainda espera que os responsáveis do governo central reconsiderem esta posição.
“Esperamos que alguém possa reavaliar esta situação e repensar. As pessoas que tiveram estes prejuízos mereciam este apoio, porque se justifica e o Governo tinha essa obrigação”, afirmou.
O presidente do município de Vinhais, Luís Fernandes também diz que não recebeu “de forma positiva essa notícia”. “Tendo o município também solicitado esse apoio, não ficamos contentes com essa notícia”, lamentou. No entanto, valoriza o facto de o ministério ter prometido apoios ao regadio, o que poderá no futuro ajudar a que a situação se repita de forma tão grave.
De acordo com os cálculos efectuados por agentes locais ligados ao sector, devido à seca e só no concelho de Bragança os prejuízos atingiram os 15 milhões de euros, tendo 2017 sido o pior ano de que há memória.
Escrito por Brigantia
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