De 10 a 13 de fevereiro todos os caminhos dão ao concelho de Macedo de Cavaleiros onde, por estes dias, se vive aquele que é já considerado o Carnaval mais autêntico do país: o Entrudo Chocalheiro.
No sábado, o Carnaval volta a viver-se na cidade, com as associações e freguesias locais a fazerem a folia pelas ruas em cortejo.
Este ano, queimada do diabo, só mesmo em Podence, ficando o encerramento do desfile a cargo de um Baile de Carnaval.
Uma forma de manter a autenticidade do Entrudo Chocalheiro, considera Benjamim Rodrigues, Presidente do município macedense.
“Eu penso que um carnaval que nos identifica e que torna mais pitoresco e original é o carnaval de Podence. Nós queremos potenciar o carnaval em Podence não lhe tirando força com as organizações na cidade. Fazemos aqueles eventos para que não se percam algumas tradições mas queremos dar cada vez mais o carnaval de Podence tenha força pois é aquele que realmente traz mais forasteiros aqui à nossa região.”
Também em Podence já se ultimam os preparativos para os quatro dias de festa.
Se em 2017 foram 20 mil os que vieram para conhecer a tradição, em 2018 espera-se que o número ultrapasse o recorde. Quem o diz é António Carneiro, Presidente da Associação Grupo dos Caretos de Podence.
“Pensamos que sim, também depende das condições climatéricas que poderão advir no próximo fim-de-semana. Mas acho que 2017 foi um ano com uma sementeira grande por parte dos Caretos a nível nacional com todos os eventos em que participaram. O Entrudo Chocalheiro é um evento diferenciado e um dos carnavais mais genuínos de Portugal, as pessoas procuram eventos ou festas diferentes e a festa dos caretos de Podence fala por si. Os turistas vêm de Norte a Sul do país e da vizinha Espanha e deverá ser um dos eventos do concelho a atrair mais visitantes fora do concelho de Macedo de Cavaleiros.”
E quer-se que a imagem dos Caretos surja cada vez mais associada ao conceito do Geopark Terras de Cavaleiros, e nada melhor que o entrudo para o fazer, explica ainda o presidente da câmara Benjamim Rodrigues.
“Temos a Geofood que identifica a gastronomia local com o selo Geopark mas não só. Os rituais em si, e quando falamos rituais estamos, por exemplo, a falar do pregão casamenteiro. São tradições que envolvem não só os caretos mas a população local. Portanto, também isto é uma forma de inter-relacionamento geoparque/caretos. Temos também passeios a cavalo, a ronda das tabernas, os bailaricos, as barraquinhas. Tudo isto acaa por estar ligado ao Geopark que se chama Terras de Cavaleiros porque não é nem em Macedo de Cavaleiros nem em Podence. O geoparque é um território muito abrangente que envolve toda a população e as suas tradições.”
No domingo, pelas 16 horas, é ainda apresentada na Casa do Careto em Podence a moeda comemorativa dedicada aos Caretos de Trás-os-Montes, com o valor de 2,5€.
Uma edição limitada de 2500 exemplares em ouro e outros tantos em prata, e ainda 60 mil em cruponíquel com acabamento normal.
Trata-se da quinta moeda da série “Etnografia Portuguesa”, concebidas pela Imprensa Nacional Casa da Moeda com a colaboração
Escrito por ONDA LIVRE
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