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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 24 de março de 2018

Falta de alunos leva professores para cada vez mais longe de casa

A falta de alunos no distrito de Bragança tem obrigado a deslocações para cada vez mais longe de casa dos professores do quadro, uma preocupação expressa esta quinta-feira por um dos sindicatos do setor ao Bloco de Esquerda (BE).
Representantes regionais do partido reuniram-se com a direção do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) e, segundo resumiu no final da reunião, António Anes do Bloco de Esquerda “as preocupações essenciais dos professores são as colocações, são a diminuição da própria população estudantil que se tem verificado na região nos últimos anos e as deslocações que os professores têm que efetuar”.

“Uma notícia boa” entre as conclusões “é o facto de não existirem assim tantos professores precários no distrito, mas por uma notícia má que é não existirem crianças e de os professores não serem contratados porque os dos quadros chegam e sobram perfeitamente para colmatar as necessidades educativas do distrito”, como indicou outro elemento do BE, Jóni Ledo.

O número de crianças diminui e, depois do encerramento de escolas, veio a diminuição do número de turmas, o que leva a que os professores colocados fiquem com horários incompletos”.

“Ao ficarem com horários incompletos para completarem os horários têm que se sujeitar a deslocações, que leva a que tenham custos acrescidos e correram riscos na deslocação, na estrada”, acrescentou António Anes.

A descrição é relativa a professores vinculados do quadro de zona pedagógico, como observaram, “que andam de um lado para o outro com horários incompletos, com custos acrescidos, desagregação familiar”.

“São uma série de fatores que eles veem para a profissão como não sendo compensados com as progressões a que eles deviam ter direito-razão pela qual fizeram greve há pouco tempo para efetivamente descongelarem a progressão nas carreiras”,, continuou António Anes.

O representante do Bloco defende que “devia haver uma compensação: ou progressão na carreira ou monetária devido a esse desgaste que (os professores) têm no dia-a-dia.

Outra medida defendida era a redução da área do quadro de zona pedagógica para o equivalente ao distrito e não a atual “área muito largada que engloba os distritos de Bragança, Vila Real, parte da Guarda, Viseu e chega quase ao Porto”.

Mesmo sendo reduzida a abrangência dos quadros, continuaria a não haver alunos, mas para o Bloco “há outras medidas em que os professores podiam fazer um acompanhamento extracurricular para que houvesse aproveitamento maior por parte dos alunos”.

Alheio a esta realidade poderá não ser o facto de o distrito de Bragança ser o do país com maior número de professores em destacamento, ou seja que pedem colocação próximo de casa por motivo de doença.

Outra preocupação dos professores partilhada pelo sindicato é a falada descentralização dos serviços das Educação para as Câmara Municipais.

O BE vai ouvir outros representantes regionais da Educação e as conclusões destas reuniões serão transmitidas ao Grupo Parlamentar na Assembleia da República para elas sejam colocadas ao Governo.

Agência Lusa

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