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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 12 de março de 2018

FILIPE MARQUES - KNIFE AND WOUND God, Meaning, Subject, Money and Phallus

EXPOSIÇÃO - 17 mar '18 a 17 jun '18
A ideia de Homem à semelhança de Deus treme e abala-se, cai por terra, não sendo necessário recorrer ao feminino para o representar; tão quanto basta ouvir dizer que alguém é bastante humano, porque é bondoso, à semelhança de Deus. Mas será assim? A bondade será característica do Homem? E, de Deus, também? Reconhecida a crueldade desse primeiro deus, o castigador, o flagelador, até descobrir o estrondoso falhanço do Homem. Que deus feminino quando o primeiro crime de sangue envolve dois irmãos, homens, não havendo lugar para a dúvida? O Homem sentirá um temor por si próprio, um entrave ao mal que o rodeia ou interioriza; ascese em angústia como só pode ser. (…)
(…) Será esse deus feminino quem ilude Abel e Caim, sussurra ao ouvido, grita nas suas entranhas, ou, pelo contrário, os irmãos arrastam para a sua tragédia a presença do inocente para que a história possa ser contada? Não assim. Apenas o espetador contará a história, nunca o hipotético deus, nunca o assassino, nunca o assassinado.
Qual deles a terra, qual deles o fogo? Qual deles a água ou o ar? Tudo imagens violentando as metáforas, até à derradeira imagem do inevitável falhanço do Homem. A guerra relativiza-se, assim como a fome, a peste e a morte, um espetáculo sem ordem ou ocasião propícia, e sempre o erróneo em acontecer não aqui, nem agora, que isto não é connosco.
Quem mata quem será a última dúvida, o derradeiro ensinamento do mito, fazendo da certeza uma indecisão.

Curadoria: Filipe Marques e Jorge da Costa
Texto: Miguel Marques
Coprodução: Município de Bragança / Centro de Arte Contemporânea Graça Morais / OTIIMA ArtWorks

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