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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 14 de março de 2018

LAMAS DE ORELHÃO - Freguesias do Concelho de Mirandela

LAMAS DE ORELHÃO é uma típica aldeia e também freguesia do concelho de Mirandela, donde dista cerca de 12 km. Situa se nas fraldas da Serra de Santa Comba, junto da estrada nacional que liga Mirandela ao Porto e logo a seguir à aldeia de Passos. É uma terra com tradições medievais, pois foi vila e sede de concelho com foral dado por D. Afonso III em 13 7 1259, e mais tarde outro dado por D. Manuel em 15 7 1515.
Pertenciam ao seu termo os seguintes lugares: "Gulfeyras, Eyvados, Eixos, Sucais, Fonte de Anes, São Pedro, Marniellos,Valuerde, São Silvestre, Cobro, Carapano, Avidagos, Rego de Vide, Carvalhal, Boral, Pereyra, Villa Boa, Franco, Passos, Bom Regalo e Ribeirinha". Nas Inquirições de 1258 vem escrita da seguinte maneira: Lamas de Oreliam. Foi sua donatária a Casa do Infantado, embora a antiga freguesia fosse uma Vigararia da apresentação do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde. O orago é Santa Cruz.
Dados curiosos relativos à vida sócio económica do século XVIII, são os seguintes: tinha a vila e o concelho 1387 homens, 1441 mulheres, 3 barbeiros, 44 eclesiásticos seculares, 2 pessoas literárias, 114 sem ocupação, 2 cirurgiões, 242 lavradores, 238 jornaleiros, 2 alfaiates, 19 sapateiros, 27 carpinteiros, 9 pedreiros, 2 ferreiros, 4 ferradores, 28 pastores, 75 criados e 79 criadas. O concelho é extinto em 31 12 1853, passando para o de Mirandela.
Da antiga nobreza e importância tudo se foi esvanecendo com o tempo, pouco restando actualmente. Mesmo assim, lá está o Pelourinho em granito e de escadório octogonal de 4 degraus; o Lugar da Forca (por cima da Capela da Sr.ª do Amparo); a Cadeia e o Tribunal em ruínas mas ainda com decorações esculpidas na pedra frontal da porta e da janela; alguns brasões em casas apalaçadas completam os vestígios da sua importância de outrora. Em 1960 tinha 1 lagar de azeite, 1 aluguer de camioneta de passageiros, 4 fábricas de xailes, cobertores e mantas de lã, 1 hospedaria, 8 lavradores/agricultores como bons produtores, 1 apicultor, 2 mercearias e 3 talhos. Em 2001 foram recenseados 466 residentes, sendo 233 do sexo masculino e outros tantos do feminino. Mas em 1991 tinha 594 pessoas, das quais 299 eram do sexo masculino e 295 do feminino.
Em 1950 tinha 798 habitantes. A actividade principal é a agricultura com alguma pecuária, onde a mecanização é notória, com bons terrenos de vales e encostas para a oliveira, a figueira, a amendoeira, sobreiro, mas também hortaliças, batatas, avelãs, ou para a criação de ovelhas e cabras. Tem uma britadeira de pedra na serra, 1 fábrica de blocos junto à estrada, lagar de azeite, serralharias, carpintaria, bombas de combustíveis e estação de serviço na IP4, os tempos de lazer juntam se no Largo do Adro onde se situa a Igreja Matriz, o Coreto, o Pelourinho, uma Casa Senhorial com Brasão e a casa do Povo. É ali que conversam, jogam ao pino ou convivem doutras formas, um verdadeiro centro cívico de Lamas. Têm Escola Primária e Pré primária, Lavadouro, e o Muro ou Praça Murada onde se situa o cemitério. De registar que, na estrada nacional, surgem algumas tendas de venda de produtos regionais, donde sobressai o mel, o queijo, o presunto e os enchidos. Aliás, é nesse sentido da estrada que se situa o crescimento de Lamas de Orelhão e o Campo de Futebol.
Fonte da Urze é uma pequena povoação anexa, completamente ruralizada, onde as construções pouco abundam e já fica para os lados do Cobro (a sul da freguesia). Com poucas habitações, vê se que a agricultura e a pecuária dominam o meio. Com muita natureza à volta, e as terras planálticas boas para cereais por perto, mantém se o aglomerado de casas que é apenas prolongado para a via alcatroada por meia dúzia de habitações mais modernas.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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