Uma antiga enfermeira de Bragança tem parte da reforma penhorada pela Ordem dos Enfermeiros. Zélia Pereira tinha uma dívida de 157 euros em quotas quando se reformou em 2008, mas desde aí a ordem continuou a cobrar a comparticipação mensal, ascendendo a dívida quase a 800 euros actualmente.
Apesar de ter entregue comprovativos da situação de reforma a enfermeira aposentada, afirma que não consegue resolver esta situação junto da Ordem dos Enfermeiros:
“Reformei-me em 2008, e nessa altura devia à Ordem dos Enfermeiros a quantia de 157 euros. A partir daí, liguei várias vezes e nunca ninguém me respondeu. E quando conseguia falar com esta entidade a resposta era sempre que tinham muitos processos à minha frente. Eu tinha a certeza que estava em dívida com o valor de 157 euros e quando obtive uma resposta esta foi que o seu pedido de cancelamento será aceite. No entanto, foi continuado o processo de débito de quotas e mais tarde entreguei a cédula profissional” contou Zélia Pereira.
A antiga enfermeira só começou a ter conhecimento do aumento da dívida em 2015 e o processo passou entretanto para o contencioso.
Já no passado mês de Março, Zélia Pereira soube que parte do valor da reforma ficou retido pela Ordem, num valor superior à dívida que reconhece de 157 euros:
“Posterior a isso é que me foi enviada uma carta a informar que a dívida iria para o contencioso. Eu elaborei um email, até foi no Hospital para que me auxiliassem com o processo. O que me foi informado é que eu só tinha que pagar e entregar a cédula profissional e posto isto, o processo estaria findo. Tenho ligado para lá várias vezes e não consigo obter respostas. A única que consigo é que existem muitos processos à frente do meu. Entretanto recebi uma carta das finanças que me iriam hipotecar algum bem meu, a casa ou as contas bancárias, mas foi na pensão que decorreu a penhora. Tenho recebido as quotas para pagar até ao mês de Fevereiro deste ano, e solicitei que o processo fosse acompanhado por um advogado que também não consegue obter respostas” explicou Zélia Pereira.
A antiga enfermeira está indignada com a situação e sente-se lesada pela Ordem:
“Tenho interesse em resolver esta situação. Mas a Ordem parece que não tem interesse em resolver a situação, porque quanto mais tempo estiver com a situação por revolver, mais vai receber. Sinceramente não tenho o direito de pagar porque há tanto tempo que deveriam ter resolvido o problema. Também para o meu advogado não há respostas” referiu Zélia Pereira.
Contactada para esclarecer este caso, a Ordem dos Enfermeiros disse apenas que o processo está entregue aos advogados e que se encontra a ser analisado.
Escrito po Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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