sexta-feira, 1 de junho de 2018

VILA VERDE - Freguesias do Concelho de Mirandela

VILA VERDE é uma freguesia de Mirandela donde dista cerca de dez quilómetros para Sudeste, e a 5 km a Este da margem esquerda do Tua. É povoação muito antiga, podendo referir que o seu povoamento é anterior ao século XII, indo às épocas pré romanas. 
Os vestígios arqueológicos provam-nos tal, mas também os topónimos como Murado e Vale de Mouro. No entanto, como freguesia deve ter sido instituída pós Idade Média, pois não figura nas Inquirições do século XIII, nem no arrolamento paroquial de 1320/1321. Esteve incluída na Paróquia de Santa Maria de Mirandela. Na segunda metade de séc. XIX estavam anexas à freguesia de Vila Verde, as de S. Salvador e de Freixeda. A partir de 2 de Maio de 1878 passa a ter escola primária. Em 1950 tinha 300 habitantes, sendo 149 do sexo masculino e 151 do feminino.
Em 1991 havia ali 115 pessoas e no censo de 2001 residiam em Vila Verde 102 pessoas, das quais 44 eram masculinas. As suas gentes dedicam se à agricultura, semi tradicional, com os muares ocupando lugar importante na ajuda dos trabalhos do campo, embora já haja alguma mecanização. Tem produções razoáveis de azeite, centeio, trigo, algum vinho, fruta, amêndoa.
Rebanhos só há dois. Tem um Largo onde está a Fonte de mergulho antiga, com arco em granito. É nesse Largo que se juntam nos dias de descanso os seus habitantes. Ali estava o tronco onde o muar é metido para depois ser ferrado, protegendo o ferrador de algum "coice malandro". É à volta deste largo que se dispõem as casas de habitação da aldeia. Na parte de entrada é a Escola Primária de um lado, e a Igreja Matriz de outro. Está pintada de branco, com a Torre Sineira simples, frontal, portais e esquinas em granito. O seu adro está muito bem arranjado. Do lado oposto à Igreja e também um pouco elevado em relação ao largo central, vemos a parte típica do povoado: a Rua do Cimo do Povo. Com efeito, esta rua é como que um museu vivo da casa regional e rural de Mirandela. Construídas em xisto, têm as suas escadas exteriores e alpendres/patamares, cujo telhado é sustentado por traves de madeira.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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