“Uma força da natureza” ou um “dos grandes homens do Reino Maravilhoso”, que “não tem medo”, foram algumas das expressões utilizadas por D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, durante a homilia na celebração das exéquias de D. António José Rafael, bispo emérito de Bragança-Miranda, que partiu para a casa do Pai este domingo.
Na celebração, que decorre na Catedral, em Bragança, o bispo titular da diocese nordestina enalteceu o papel daquele que foi bispo neste território durante 24 anos.
“D. António Rafael era como «uma força da natureza». E, como sabemos, as forças da natureza são incontroláveis. Só a graça e a verdade por Jesus as pode cativar e encantar. Na verdade, D. Rafael faz parte dos grandes homens de um reino maravilhoso, o de Trás-os-Montes, como escreveu M. Torga: «...estes homens não têm medo senão da pequenez. Medo de ficarem aquém do estalão por onde, desde que o mundo é mundo, se mede à hora da morte o tamanho de uma criatura»”, disse D. José Cordeiro.
Lembrou ainda o prelado que D. António Rafael foi “o terceiro bispo da Catedral”.
“No dia da dedicação, 7 de Outubro de 2001, D. Rafael disse com emoção na homilia: «Bragança, aqui tens a tua catedral». E ao despedir-se escreveu no Mensageiro de Bragança: «Até sempre! Na nossa catedral, para sempre nos encontraremos!»”, lembrou.
“D. António José Rafael realizou o sonho do projecto de D. Abílio Augusto Vaz das Neves e de D. Manuel de Jesus Pereira. Com ele vivi algumas das fases da construção da Catedral e aceitei a nomeação para a campanha de sensibilização e angariação de fundos para a construção da Catedral em 1995, à qual dêmos o nome “Catedral, casa de todos”, e ainda para a Assistente litúrgico e Mestre das celebrações litúrgicas no dia da dedicação (07.10.2001).
O sentido da convicção do terceiro “Bispo da Catedral” era que: «Diocese sem Catedral seria como árvore sem raiz ou como rio sem nascente».”, disse ainda, sublinhando que era possuidor “de uma cultura invulgar”.
D. António José Rafael faleceu este domingo, aos 92 anos, na Fundação Betânia, onde passou os últimos quatro anos da sua vida.
Natural de Paradinha, diocese de Lamego, foi nomeado bispo de Bragança-Miranda em 1977, tendo renunciado em 2001.
Será o primeiro bispo a ser enterrado no átrio da Catedral, da qual foi um dos principais impulsionadores.
Leia a reportagem completa na edição desta semana do Mensageiro de Bragança.
D. José Cordeiro lembra “força da natureza” na celebração das exéquias de D. António Rafael
“Uma força da natureza” ou um “dos grandes homens do Reino Maravilhoso”, que “não tem medo”, foram algumas das expressões utilizadas por D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, durante a homilia na celebração das exéquias de D. António José Rafael, bispo emérito de Bragança-Miranda, que partiu para a casa do Pai este domingo.
Na celebração, que decorre na Catedral, em Bragança, o bispo titular da diocese nordestina enalteceu o papel daquele que foi bispo neste território durante 24 anos.
“D. António Rafael era como «uma força da natureza». E, como sabemos, as forças da natureza são incontroláveis. Só a graça e a verdade por Jesus as pode cativar e encantar. Na verdade, D. Rafael faz parte dos grandes homens de um reino maravilhoso, o de Trás-os-Montes, como escreveu M. Torga: «...estes homens não têm medo senão da pequenez. Medo de ficarem aquém do estalão por onde, desde que o mundo é mundo, se mede à hora da morte o tamanho de uma criatura»”, disse D. José Cordeiro.
Lembrou ainda o prelado que D. António Rafael foi “o terceiro bispo da Catedral”.
“No dia da dedicação, 7 de Outubro de 2001, D. Rafael disse com emoção na homilia: «Bragança, aqui tens a tua catedral». E ao despedir-se escreveu no Mensageiro de Bragança: «Até sempre! Na nossa catedral, para sempre nos encontraremos!»”, lembrou.
“D. António José Rafael realizou o sonho do projecto de D. Abílio Augusto Vaz das Neves e de D. Manuel de Jesus Pereira. Com ele vivi algumas das fases da construção da Catedral e aceitei a nomeação para a campanha de sensibilização e angariação de fundos para a construção da Catedral em 1995, à qual dêmos o nome “Catedral, casa de todos”, e ainda para a Assistente litúrgico e Mestre das celebrações litúrgicas no dia da dedicação (07.10.2001).
O sentido da convicção do terceiro “Bispo da Catedral” era que: «Diocese sem Catedral seria como árvore sem raiz ou como rio sem nascente».”, disse ainda, sublinhando que era possuidor “de uma cultura invulgar”.
D. António José Rafael faleceu este domingo, aos 92 anos, na Fundação Betânia, onde passou os últimos quatro anos da sua vida.
Natural de Paradinha, diocese de Lamego, foi nomeado bispo de Bragança-Miranda em 1977, tendo renunciado em 2001.
Será o primeiro bispo a ser enterrado no átrio da Catedral, da qual foi um dos principais impulsionadores.
Leia a reportagem completa na edição desta semana do Mensageiro de Bragança.
AGR
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