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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Investigador preocupado com invasão de espécies piscícolas predadoras

Um investigador de vila Real alertou hoje para a "preocupante invasão" de espécies piscícolas predadoras nos rios portugueses e salientou que "apenas a conservação" das massas de água pode limitar o avanço das exóticas invasoras.
Rui Cortes, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, afirmou que, atualmente, em Portugal e Espanha assiste-se à chegada de uma nova espécie exótica de peixe a cada dois anos, estando identificadas 20 espécies de peixes exóticos no nosso país.

E, na sua opinião, esta situação está "a tornar-se preocupante, na medida em que a invasão de espécies exóticas nos rios, quase todas elas predadoras dos peixes nativos, está a colocar em perigo a biodiversidade piscícola".

Rui Cortes, em comunicado, alertou para o facto de alguns estudos realizados em albufeiras mostrarem que "a biomassa das espécies exóticas no espaço de um ano pode aumentar na ordem das centenas de vezes, dando-se a concomitante redução das espécies nativas", pelo que é de temer que, "ao fim de poucos anos, estas sejam completamente marginais nos troços regularizados".

Sobre as espécies de peixes predadoras mais preocupantes, o especialista elencou "as que são especialmente apreciadas na pesca desportiva, que muito tem contribuído para a sua disseminação".

"É o caso do lúcio ou do achigã, esta última espécie foi mesmo um caso de introdução pelos serviços florestais e que escapou completamente ao seu controlo, mas outras há, como a perca-sol, altamente predadoras e muito prolíferas, além de tolerantes à contaminação, e que predam sobre as espécies nativas e até sobre as próprias exóticas com interesse na pesca desportiva, como é o caso do achigã", explicou.

Acrescentou ainda o peixe-gato, que tem sido muito visto no rio Douro e que chega a ultrapassar um metro e meio de tamanho, comendo mais de dez quilos de outros peixes por dia.

"A partir do momento em que se altera radicalmente o ecossistema aquático é completamente impossível controlar as espécies exóticas. O seu potencial de invasão é ainda amplificado pela destruição da vegetação ribeirinha e poluição orgânica, já que falamos de espécies muito tolerantes à degradação da qualidade da água", referiu Rui Cortes.

Assim, na sua opinião, "a conservação das massas de água é realmente a única possibilidade de limitar o avanço das exóticas invasoras".

Agência Lusa

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