Há mais de dois anos que a Igreja de São Francisco, em Bragança, tem o contador da água fechado para não provocar inundações.
Há mais de dois anos que a Igreja de São Francisco, em Bragança, tem o contador da água fechado para não provocar inundações isto porque, na origem da situação está um problema na casa-de-banho mas, segundo a zeladora da igreja, Maria Augusta Miranda, as contas da água têm vindo para pagar.
“Portanto há dois anos que eu não tenho água na igreja e tenho o contador fechado porque tenho um problema na casa de banho, em que o autoclismo verte água. Mas eu estou chateada com a situação porque no que diz respeito às contagens foram dados valores superiores ao real gasto. Ainda este mês fui à câmara e levei a fotografia do contador.”
A situação arrasta-se desde o começo das obras no adro da igreja realizadas pelo município, que entretanto já terminaram. Quanto ao arranjo do problema na casa-de-banho, a zeladora admite não ter dinheiro para resolver a questão.
“A própria câmara tem conhecimento da situação porque foram os senhores da obra que gastaram essa água. Mas continuam a vir facturas de água além do meu consumo porque eu tenho o contador fechado. Num mês foram oito euros, no anterior 10 e agora 20. E não posso usar a água que no fundo também pago. Para limpar a igreja, inventei com um cano que aqui tinha ir buscar água à mina e vou lá com os baldes. É assim que trago água para aqui. Mas a igreja é grande e eu tenho 74 anos”, queixou-se Maria Augusta Miranda.
O presidente da câmara municipal de Bragança, Hernâni Dias, admite desconhecer em absoluto a situação mas assegura que, se for da competência da autarquia resolver a questão, o fará.
“Mandarei averiguar aos serviços o que está a acontecer e se eventualmente houver necessidade de intervenção da nossa parte, fá-lo-emos se tivermos essa responsabilidade” disse o presidente da câmara municipal de Bragança.
A zeladora queixa-se ainda do abandono da igreja e do estado de degradação em que esta se encontra. O director regional de Cultura, António Ponte, explica que não há nenhuma expectativa de intervenção na igreja em questão.
“Nós não temos nenhuma expectativa de intervenção na igreja em questão. No momento estamos concentrados num conjunto de outras intervenções que estão a decorrer em toda a região. Mas sabemos que “a Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas está a preparar uma grande intervenção para o arquivo distrital e para o Convento de S. Francisco” informou o director regional da cultura, António Ponte.
A igreja de São Francisco é do século XIII, tendo sido intervencionada no século XVII, no seguimento de um período de prosperidade que o convento atravessava.
Escrito por Brigantia
Carina Alves
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