segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Furtivismo e doença do coelho-bravo continuam a preocupar os caçadores

A caça furtiva continua a ser uma das principais preocupações dos caçadores.
Quem o diz é Fernando Castanheira Pinto, presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, que acusa o governo de não fiscalizar o setor:

“Neste momento, continuamos a viver imensos problemas de furtivismo e o Estado não fiscaliza, fazendo com que hajam cada vez menos efectivos de caça.

As associações têm tido um esforço imenso para fomentar a caça e para criar o equilíbrio e sustentabilidade entre as espécies, mas depois, temos este furtivismo imenso que ninguém controla.

Nós continuamos a considerar que, tudo aquilo que pode ser feito pelas organizações de caçadores, deve ser feito, e o Estado já começou a fazer alguma transferência de competências para os caçadores. Porém, não queremos a responsabilidade da fiscalização porque não tem de ser nossa e sim do Estado.”

Outras das preocupações continua a ser a doença hemorrágica do coelho-bravo.

Fernando Castanheira Pinto destacou que estão a decorrer pesquisas e estudos no âmbito do projeto nacional “+ Coelho” para que, no prazo máximo de três anos, seja desenvolvida uma ração para proteger a espécie:

“O coelho-bravo continua a ser altamente sacrificado pela doença hemorrágica. Por isso, temos estado a trabalhar num projeto nacional chamado “+ Coelho” e esperamos, no máximo dentro de três anos, em conjunto com Instituto Nacional de Investigação Alimentar e Veterinária, conseguir desenvolver uma ração medicamentosa que vá ao encontro da proteção dos coelhos relativamente à doença hemorrágica viral. Isso seria um grande passo para o bem da caça pois com populações equilibradas de coelhos, toda a situação da caça e de caçadores que têm abandonado a atividade ficaria mais equitativa.” 

Quanto à Triquinelose, doença parasitária transmissível ao Homem e a outros animais, que foi encontrada em dois javalis capturados em zonas de caça do nordeste transmontano em fevereiro deste ano, nomeadamente em Vinhais e Bragança, o presidente da Confederação Nacional de Caçadores sublinha que, até à data, não surgiram mais casos:

“Não temos conhecimento de mais nenhum caso no país, à excepção desses dois que apareceram no nordeste transmontano.

Esperemos que este problema em nada venha a afetar as montarias que se fazem em Portugal, principalmente no nordeste, pelo valor que têm para a economia local e desenvolvimento do meio rural.”

Algumas preocupações dos caçadores sobre os problemas que afetam o setor da caça, numa altura em que a época venatória 2018/2019 já iniciou para a caça de espécies migradoras de verão.

Escrito por ONDA LIVRE

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