segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A falta de água está a atrasar a produção de castanhas

As expectativas para produção de castanha não são as melhores. A principal causa está na falta de água que se faz sentir, fazendo com que haja uma diminuição deste produto.
Esta é a opinião de Paulo Hermenegildo, presidente da Confraria Ibérica da Castanha. A quantidade da castanha não será muita, mas a que houver será de boa qualidade, isto por causa do diâmetro que os ouriços já apresentam, apesar da apanha do fruto seco estar atrasada em duas semanas.

“A apanha da castanha este ano está algo atrasada e o tempo não tem ajudado, apesar de eu dizer que ainda é muito cedo para ser fazer uma estimativa. Não se auguram boas expectativas porque o ano tem sindo muito atípico com muitas amplitudes térmicas e pouca água ou por vezes nenhuma. E isso vai fazer com toda a certeza fazer com que haja uma diminuição da qualidade, como da quantidade. Além de estar atrasada, a falta de água poderá significar uma diminuição de produção”, referiu Paulo Hermenegildo.

A Confraria Ibérica da Castanha acompanhou uma visita de alunos da Universidade de Salamanca que aconteceu este sábado à aldeia do Parâmio, Bragança. O professor Luis Minguez destacou que o mais importante é ouvir as pessoas que vivem no Parque Natural de Montesinho: “estamos a estudar vários conhecimentos. O principal é ordenamento, gestão e planificação do território. Os alunos que aqui trazemos estudam áreas diversas como as paisagens agrárias, as actividades turísticas e outros estudam as populações locais, e este é um exemplo. O objectivo é perceber como sentem e como vêm os instrumentos de gestão, como a declaração neste território de Parque Natural”, destacou o professor.

Um dos alunos de Eramus, da Alemanha é Pascal Ross. O estudante destacou que o mais impressionou foi a falta de população: “é verdade que há aqui pouca gente e a que existe é mais envelhecida. Um dos comentários que ouvi, do meu professor é que existe a aplicação de fundos estruturais da Comunidade Europeia, mas chegando aqui não vemos essa aplicação reflectida no território”.

Foram 35 alunos de sociologia, geografia e engenharia agrícola da Universidade de Salamanca que estiveram a descobrir soutos centenários no Parâmio, que também visitaram a aldeia de Rio de Onor.

Escrito por Brigantia
Maria João Canadas

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