A Câmara de Vinhais desistiu de construir um centro escolar. Depois de o último concurso ter ficado deserto, o município decidiu avançar para a requalificação do actual edifício da escola secundária, para resolver as más condições, em particular da escola sede do agrupamento.
O presidente do município de Vinhais, Luís Fernandes, continua a defender que a melhor solução para o concelho seria a construção do centro escolar, mas admite que perante as dificuldades em conseguir empresas para realizar a obra é necessário mudar de projecto e começou já a tomar diligências nesse sentido:
“Contactei a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, tendo em conta que é uma obra financiada, e com a DGEstE no sentido de outra solução que passa pela requalificação da escola D. Afonso III, porque era impensável continuar nesta escalada, este terceiro concurso já atingiu um preço base muito significativo e, tendo em atenção o financiamento que temos, aumentar novamente o preço base não era sensato nem queria pôr a sustentabilidade financeira da câmara em causa”, destaca o autarca.
Já os presidentes das concelhias do PSD e do CDS-PP afirmam que sempre foram “contra a construção de um centro escolar”. Carlos Almendra, vereador da oposição eleito pela coligação destes dois partidos, considera que a requalificação do edificado existente é a melhor opção: “defendemos a reabilitação porque é muito mais barata, o primeiro concurso foi lançado por 2,5 milhões de euros mais IVA, no segundo o valor de 3,4 milhões mais IVA e o último foi por 3,7 milhões, mais IVA rondaria os 4 milhões de euros, ora tendo em conta a comparticipação europeia a câmara teria de assumir um encargo de 1,5 milhões de euros e pensamos que a câmara não tem saúde financeira para abraçar esta despesa”, afirmou Carlos Almendra.
Vai agora ser realizado um ante-projecto da requalificação da escola secundária, cujo processo deverá estar concluído até ao final do ano, acredita o presidente do município. Será de seguida lançado um concurso, sendo que a verba da comparticipação europeia assegurada pode chegar aos 2,8 milhões de euros.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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