Os enfermeiros iniciaram hoje uma greve de seis dias para exigir ao Governo a apresentação de uma nova proposta negocial sobre a carreira de enfermagem, cuja negociação deveria ter terminado em Junho.
Convocada por vários sindicatos do sector, a greve decorre hoje e amanhã, e de terça a sexta-feira da próxima semana.
Hoje as cirurgias programadas em Macedo de Cavaleiros e Mirandela foram canceladas, como confirma Elisabete Barreira dirigente do sindicato dos Enfermeiros Portugueses: “a ULS Nordeste têm três blocos operatórios, nos hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela. No hospital de Bragança está tudo a correr dentro da normalidade mas, em Mirandela, as cirurgias programadas foram totalmente canceladas e em Macedo de Cavaleiros, as cirurgias de ambulatório também”.
Amanhã a greve continua: “são dois dias de greve, com um formato diferente em que hoje, dia 10 incide nos hospitais, nos blocos operatórios nas cirurgias programadas e de ambulatório e amanhã será para os enfermeiros em todos os sectores”.
Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, adianta que a greve pretende exigir ao Governo uma proposta de valorização da carreira destes profissionais: “o objectivo essencial prende-se com a apresentação do governo de uma proposta de carreira que venha de encontro com as expectativas dos enfermeiros e mais do que isso, vá de encontro com os compromissos que o governo e do Ministério da Saúde já assumiu no protocolo negocial”.
O Governo adiou para sexta-feira a reunião que estava agendada para o passado dia 4 de Outubro, não tendo enviado qualquer nova proposta de carreira de enfermagem aos sindicatos, o que levou à manutenção da convocação da greve: “nós entendemos que as greves são sempre meios para atingir um objectivo. O Ministério da Saúde sabe que já ultrapassou todos os prazos com os quais se comprometeu, no âmbito até do protocolo negocial. O adiamento da reunião do dia 4 para 12 com o objectivo de apresentar a proposta que de facto materialize os compromissos que foram assumidos”.
A paralisação dos enfermeiros realiza-se, hoje, exclusivamente nos hospitais e, amanhã, em todas as instituições de saúde do sector público que tenham enfermeiros ao serviço.
Escrito por Rádio Ansiães
Sem comentários:
Enviar um comentário