A empreitada, segundo uma nota enviada à Lusa pela IP, consiste na estabilização da encosta e taludes de escavação existentes, e seu revestimento com rede metálica, entre outras medidas de seguranças que vão ser executadas na encosta ao longo de cerca de dois quilómetros daquele troço da EN218.
"Para a execução da obra não será estabelecida a interrupção prolongada do tráfego, todavia, por forma a garantir condições de segurança aos trabalhadores e automobilistas, será necessário implementar cortes temporários por períodos máximos de 30 minutos", explicou fonte da IP.
Para o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, estas obras são bem-vindas, até porque é uma luta que se travava há cerca de uma década, numa estrada que liga o Planalto Mirandês à Europa.
"Finalmente vemos a obra em andamento. De facto era uma preocupação para a população e para a autarquia, devido às derrocadas, que aconteciam naquele troço da estrada e que muitas vezes interrompiam a circulação do trânsito automóvel, constituindo um grande perigo para quem ali circulava" disse o autarca.
O responsável avançou que, desde a primeira derrocada registada em 2009 e até aqui,"praticamente nada foi feito.
"Trata-se de uma estrada que é uma porta de entrada no concelho, havendo, mesmo, uma parte da via em que apenas se circula alternadamente, devido ao perigo de derrocada", observou.
Desde novembro de 2014 que uma parte da via estava condicionada ao trânsito de pesados e autocarros, devido a uma grande derrocada que fez estragos avultados.
Artur Nunes referiu que ao longo dos últimos anos têm sido os meios disponíveis no município a fazer a limpeza e a manutenção da via quando havia derrocadas, para "evitar males maiores".
O responsável sublinhou que o concelho de Miranda do Douro, por ser fronteiriço, vive em parte das trocas comerciais com a vizinha Espanha, "daí a necessidade de trabalhos urgentes na EN218, sem que para o efeito a estrada seja encerrada ao tráfego".
"Já se começam a ver na via pedras que se soltam da encosta, e só agora começou a chover. Estes trabalhos era muito necessários e daí o emprenho da autarquia junto da tutela para que as obras andassem", vincou.
A obra tem um prazo de execução de seis meses, estimando-se que esteja concluída em abril do próximo ano.
FYP // MSP
Lusa/fim
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