Em 2019, a confraria de Nossa Senhora do Amparo, a quem compete, entre outras funções, a organização das festas de Mirandela, vai ter um corte de 10 por cento no subsídio atribuído pela câmara municipal. Na prática, em vez de receber 120 mil euros, por ano, que corresponde a cerca de 30 por cento do orçamento anual, a confraria vai passar a receber 108 mil, ou seja, menos 12 mil euros.
A presidente do Município justifica esta diminuição de 10 por cento, que será transversal a todas as coletividades do concelho, com a necessidade de compensar o aumento de 100 para 700 mil euros nas transferências correntes para as 30 juntas de freguesia:
“Vamos fazer um equilíbrio financeiro entre os apoios às Associações e organizações, entre as quais está a Confraria de Nossa Senhora do Amparo. Este equilíbrio ultrapassa os 700 mil euros e é fundamental para que haja justiça na sede de concelho e freguesias. A quebra no apoio à Confraria é de cerca de mil euros por mês, num total de 12 mil euros. Por outro lado, vamos fazer o acompanhamento de algumas obras pontuais no próprio Santuário, no sentido de que quer na capela quer no salão haja dignidade no espaço, bem como a conclusão das obras, previstas para maio de 2019.”
Júlia Rodrigues anunciou esta redução de mil euros mensais para a conta da confraria, no passado sábado, na assembleia-geral da Confraria de Nossa Senhora do Amparo para apresentação das contas de gerência relativas a 2018.
O juiz da confraria reconhece que se trata de uma redução significativa que poderá trazer consequências ao nível do cartaz das festas do próximo ano, mas Sílvio Santos vê com agrado a notícia de que a autarquia vai assumir a realização de obras pontuais no interior do santuário:
“Quanto à decisão nada podemos fazer. Há uma redução de 10%, é significativa para nós, mas vamos trabalhar com o que temos. Certamente que os Mirandelenses vão perceber as repercussões que esta redução possa ter nas festas da cidade. Temos de ver o lado positivo, no sentido de irem intervir no Santuário, que de facto necessita de requalificação. Fiquei muito satisfeito com esse aspeto.”
Quanto às contas de 2018, a confraria teve um saldo negativo de 3900 euros justificado por Sílvio Santos com as despesas inesperadas de cerca de 12 mil euros para a instalação de energia elétrica, devido à deslocalização do parque de diversões para a zona verde da cidade e uma quebra de 10 mil euros de receita nas verbenas, devido ao mau tempo. Mas, o juiz da confraria entende que este saldo negativo não é alarmante:
“É óbvio que há aqui um défice no exercício económico de 2018 de 3 mil euros, quer a nível da receita como da despesa. Não fugiu de realce em relação ao que tínhamos previsto, contudo os imprevistos que aconteceram encurtaram-nos a receita. Podíamos estar a apresentar mais de 20 mil euros de saldo positivo do exercício económico de 2018 mas não acontece. Não será motivo para alarme este corte, mas vamos manter o rigor na gestão da Confraria e do Santuário.”
As contas da confraria foram aprovadas por unanimidade.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Terra Quente)
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