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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 17 de novembro de 2018

Financiamento municipal a rádio envolto em polémica

A Câmara de Macedo de Cavaleiros informou esta sexta-feira que está à procura de uma solução legal para continuar a garantir à rádio local Onda Livre o financiamento que nos últimos anos tem gerado polémica.
O caso ganhou visibilidade depois de uma reunião recente da Assembleia Geral da Cooperativa que gere a emissora e que coloca a possibilidade de despedimentos por dificuldades financeiras resultantes de a Câmara não ter assinado o protocolo que tem garantido um subsídio anual, que ascendeu a 18 mil euros no ano de 2017.

Nesse mesmo ano, a presidência do município mudou do social-democrata Duarte Moreno para o socialista Benjamim Rodrigues, que entende que o protocolo que estipulava o financiamento “é ilegal”, mas diz estar “disponível para apoiar financeiramente a Cooperativa de Informação e Cultura, Rádio Onda Livre Macedense se forem cumpridos todos os pressupostos definidos pela lei".

"De acordo com um parecer jurídico pedido, em 2014, pela autarquia, o protocolo em vigor viola a lei, pelo que terá de ser repensada a forma como podemos apoiar este órgão de comunicação social", observou o presidente da Câmara, Benjamim Rodrigues.

Segundo o autarca, o protocolo "prevê o pagamento de uma avença mensal à Rádio", o que “é ilegal e pode colocar em causa a liberdade editorial e de programação da rádio".

As atas das reuniões de Câmara de anos anteriores que podem ser consultadas na Internet revelam a polémica em torno deste protocolo, nomeadamente com a oposição a questionar a sua utilidade, enquanto a autarquia cortava subsídios a outras coletividades do concelho.

O atual presidente da Câmara, Benjamim Rodrigues, defende que a solução passará por transformar este protocolo num contrato de prestação de serviços.

Segundo adianta, a autarquia lançará um “procedimento concursal” em que os serviços a prestar serão “a transmissão das assembleias municipais ou das reuniões de câmara públicas, bem como de outros eventos de especial interesse para o município”.

"Creio que esta é a solução que melhor defende os interesses das duas partes, nomeadamente da Rádio Onda Livre, que não quererá perder o seu estatuto de independência e isenção face aos poderes políticos", acrescentou.

O parecer jurídico de 2014 que apontava para a ilegalidade do protocolo, e que foi então discutido em reunião de câmara, sublinha que “a proximidade das rádios locais aos poderes políticos e públicos locais pode implicar algumas vulnerabilidades, nomeadamente ao nível de eventuais pressões em torno de matéria editorial”.

O mesmo parecer jurídico, segundo informação divulgada hoje pelo município, “esclarece ainda que por exigir a realização de ações mediáticas concretas, o protocolo devia ser transformado num contrato de prestação de serviços, com o respetivo procedimento concursal público prévio”.

O autarca local afirma que "é preciso respeitar a lei em vigor” e que é isso que tem estado “a tentar explicar aos responsáveis da Cooperativa” proprietária da rádio.

Benjamim Rodrigues espera que “seja possível chegar a um acordo, até para que seja possível repor a paz social e que tem estado afetada nos últimos meses".

Agência Lusa

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